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-3º Celsius
O Pré-Guerra
"Diário de caça de Aelyn Celtigar,
23 de Dezembro de 3.149.

Quando foi que o mundo mudou? Enquanto corro pelos bosques liderando as caçadoras em buscas incansáveis por monstros que ameaçam nossas vidas semidivinas, minha mente sempre se vai para o Instituto Meio-Sangue e em meus amigos, as outras cinco Pétalas de Marfim.

Em dois dias será Natal, e mesmo não sendo cristã (e nenhum dos ocupantes do Instituto, na verdade) sempre volto para comemorarmos essa data, afinal foi por causa dela que conseguimos nos reunir depois da Batalha dos Marfins.

Tenho certeza de que Augustus fará uma excelente ceia, assim como Katheryna nos dará cachecóis feitos à mão (tenho todos os dos últimos 345 anos, já que foi mais ou menos nessa época que ela aprendeu a tricotar).

Astrid irá colocar bombas de pum natalinas por todo o Instituto, enquanto faz Sett segurá-las e o força a correr atrás dela, ameaçando estourá-las nele. Kanda certamente vai observar tudo e soltar uma risada lateral, mas manterá os olhos em Kath como o bom apaixonado que é. Infelizmente nem sempre foi assim, mas bem...

Acho que, mais de mil anos depois da batalha, as coisas finalmente tinham que entrar nos eixos, não?”
Mediterrâneo,
Setembro de 3.149


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Progenitor Divino :
Fulano
Seg Dez 14, 2020 9:30 pm
O Pré-GuerraParte 1
Manuscritos Encontrados

"Diário de caça de Aelyn Celtigar, 23 de Dezembro de 3.149.

Quando foi que o mundo mudou?

Enquanto corro pelos bosques liderando as caçadoras em buscas incansáveis por monstros que ameaçam nossas vidas semidivinas, minha mente sempre se vai para o Instituto Meio-Sangue e em meus amigos, as outras cinco Pétalas de Marfim. Em dois dias será Natal, e mesmo não sendo cristã (e nenhum dos ocupantes do Instituto, na verdade) sempre volto para comemorarmos essa data, afinal foi por causa dela que conseguimos nos reunir depois da Batalha dos Marfins.

Tenho certeza de que Augustus fará uma excelente ceia, assim como Katheryna nos dará cachecóis feitos à mão (tenho todos os dos últimos 345 anos, já que foi mais ou menos nessa época que ela aprendeu a tricotar). Astrid irá colocar bombas de pum natalinas por todo o Instituto, enquanto faz Sett segurá-las e o força a correr atrás dela, ameaçando estourá-las nele. Kanda certamente vai observar tudo e soltar uma risada lateral, mas manterá os olhos em Kath como o bom apaixonado que é.

Infelizmente nem sempre foi assim, mas bem... Acho que, mais de mil anos depois da batalha, as coisas finalmente tinham que entrar nos eixos, não?”



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Pedaços do diário de Aelyn Celtigar, datados de mil anos atrás

14 de Abril de 2020
Dizem que a história está fadada a se repetir em determinados momentos.

Talvez a pandemia mundial que teve no ano de 2020 seja apenas uma lembrança de que sim, até mesmo semideuses podem cair perante uma doença. Há quem diga que o vírus foi criação de Apolo que, irado com a humanidade por algum motivo incerto, apenas amaldiçoou o mundo. Outros falam sobre o Ennead ter criado o vírus, como forma de punição.

De qualquer forma, ao redor do planeta, muitos perderam pessoas preciosas. Naquele ano eu perdi meus pais, e cuidar sozinha da casa Celtigar não foi nada fácil. Bem, eu tinha doze anos, mas graças aos deuses consegui trilhar um caminho tranquilo. Meu pai Cernuno, o deus celta dos animais, me auxiliou bastante em minha caminhada, assim como os demais deuses que sempre me apoiaram.

Deve ser por isso que fui escolhida para ir em busca da Flor de Marfim. Porém havia algo de errado com papai naquele diz que recebi o pedido.

20 de Abril de 2020
Chegar até uma parte do Everest foi difícil, mas consegui.

Não sei ao certo quanto tempo vou levar para chegar até onde a Flor está, mas os arrepios que subiam por minha coluna certamente não eram por culpa do frio e sim pelo brilho obscuro que havia nos olhos de meu pai. Algo ali não estava normal, algo ali não estava certo. E se, para descobrir o que estava acontecendo eu tivesse que escavar até os confins do inferno, eu faria.

Meio drástico, talvez, mas nada me impediria de descobrir a verdade por detrás daquele pedido.

Segundo o senhor Sucellus, a Flor de Marfim era uma planta mágica que nascia a cada mil anos, e dava poderes inimagináveis para as criaturas divinas, assim como benções e proteções para o sangue de seu sangue, ou seja, os semideuses. Poderes, fortunas, riquezas e domínios, a Flor concedia a quem a obtivesse controle sobre os céus celestiais, dando aos seus portadores domínio até mesmo sobre outros deuses não pertencentes àquele devido panteão.

Comecei a me perguntar a respeito de muitas coisas naquele dia, e uma delas foi a respeito dos demais deuses existentes. E minha resposta veio quando cheguei ao destino final, em uma das várias cavernas existentes ali, ao ver mais cinco pessoas juntas, me observando como se estivessem a espera.

Devo dizer que ficamos presos naquela caverna, uma vez que houve uma avalanche e grossas camadas de neve bloquearam a única saída. Assim, sentamos para nos conhecer em vez de lutar pela Flor, tudo graças a uma das garotas que, mais tarde, descobri se chamar Katheryna Walker, uma grega filha de Apolo, o deus do sol. A outra garota, Astrid Johannessen, era uma nórdica filha do deus da trapaça, Loki. Havia também três garotos: Kanda Yuu, japonês, filho do deus da lua, Tsukuyomi; Augustus Bocceli, um romano, filho da deusa da guerra, Belona; e Sett Mahuamed, um egípcio filho do deus da sabedoria, Thot.

Nos conhecemos e, graças à Kath e Astrid, conseguimos nos manter aquecidos. Kanda e Augustus possuíam comida o suficiente para todos nós e Sett tinha cobertores dentro da mochila, pois segundo ele, cresceu em um lugar quente e odiava locais frios. Devo confessar que estar tão perto de pessoas tão diferentes me deixava inquieta, mas ao mesmo tempo estava me divertindo com as histórias contadas: compartilhamos aventuras, confidenciamos segredos e nos tornamos amigos.

Sett, que havia pesquisado melhor do que nós sobre o local, disse que estaríamos seguros para sair depois do quinto dia, já que àquela altura a tempestade de neve estaria menor e, mesmo com as condições da montanha, o local onde estávamos dava para descer tranquilamente, uma vez que não era muito alto. Histórias de pessoas que morreram congeladas ali vieram à minha mente, mas logo fui tranquilizada pelo egípcio, que disse que não me deixaria morrer.

Que não deixaria nenhum de nós morrer.

23 de Abril de 2020
A magia de Kath estava ficando fraca, e a falta de sol estava fazendo mal para ela.

A filha de Apolo havia contado que havia sido amaldiçoada quando tinha nove anos, e que se passasse mais de uma semana sem a luz solar poderia cair morta. Aquilo era bem ruim, já que havia se passado um tempo – segundo Sett, três dias, no mínimo – e ainda não haviam sinais de que poderíamos sair. Astrid e Kanda faziam o possível para manter a grega aquecida e acordada: dormir naquelas condições poderia ser fatal.

Minhas unhas estavam roídas em nervosismo, afinal eu mesma não aguentava mais estar naquela caverna. Conversei com Augustus para passar o tempo e descobri que o filho de Belona era pretor do lugar onde vivia, chamado Acampamento Júpiter, além de ser extremamente forte e resistente. Também conversei com Sett e descobri que, por causa de seu pai, o garoto era extremamente inteligente. Como brincadeira, Augustus e eu lhe fizemos perguntas sobre muitas coisas e, para nossa decepção, ele conseguiu responder a todas.

Sem graça!

26 de Abril de 2020
Kath havia dormido, e sua pele estava tão branca quanto a neve que cobria a entrada.

Felizmente Sett havia dito que era uma hora segura para sair, já que pelos seus cálculos havia passado os dias que deveríamos ficar ali. Como louca, Astrid derreteu de uma vez o gelo da entrada, o que poderia ter causado uma nova avalanche pelo movimento estrondoso, mas que, graças aos deuses, não aconteceu. Sett se vangloriou um pouco, e foi então que revelou que, quando foi escolhido para a missão, o Ennead lhe deu um poder de detectar mudanças climáticas onde quer que esteja, por isso tinha tanta certeza sobre o lado de fora.

Resumindo, o cara era uma “mulher do tempo”.

Mais que depressa, Kanda levou Kath para fora e a deixou exposta à luz do sol que, mesmo fraca, ainda podia ser sentida. Corri para o exterior e me expus também, sentindo minha pele formigar onde a luz tocava, embora fosse um formigamento muito bom, o sentimento de alívio finalmente tomando conta de mim. Esperamos a filha de Apolo acordar e, quando a mesma finalmente despertou e recuperou em 100% os sentidos, resolvemos pensar no que fazer.

Quando conversamos a respeito dos motivos de estarmos ali, chegamos todos na mesma conclusão: os deuses pediram. Além disso, conseguimos concluir de que sim, havia algo de errado com os divinos ao pedirem aquele tipo de missão. Assim sendo, cada um levou uma pétala da flor para casa, após jurarmos ali mesmo que nos veríamos novamente e descobriríamos o que estava acontecendo.



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Anotações de Sett Mahuamed, datadas de mil anos atrás

30 de Abril de 2020
Sempre esperei que este caderno não caísse nas mãos do Ennead, muito embora meu pai o tenha lido e devo dizer que não gostou. Me foi dada outra chance de me provar perante o conselho, mesmo que antes eu tivesse que passar pela punição dada pelos deuses por ter falhado em minha missão, então aceitei sem pensar duas vezes. E, graças a isso, não consegui investigar muito a fundo o que estava acontecendo. Tudo que eu esperava era que os outros tivessem mais sucesso do que eu.

31 de Agosto de 2020
Quatro meses trancafiado em uma cela sob as pirâmides me fez pensar em muitas coisas, e os amigos que fiz no Everest ocupavam boa parte das minhas memórias revividas. Foram cinco dias, mas talvez tenham sidos os melhores que tive em minha vida.

Que os deuses não me levem a mal, mas passar praticamente minha infância e adolescência trancado em uma biblioteca, tudo por que tinham medo de que me tornasse como Seth quando era mais jovem, era um pouco exagerado. Devo sair na próxima semana, acredito, então uma nova etapa de minha vida semidivina irá começar.

Sinceramente, estou com receio de que coisas ruins aconteçam, mas devo pensar no futuro e não no agora. Eu tinha uma promessa a cumprir.

17 de Maio de 2030
Dez anos haviam se passado e minhas correspondências nunca foram respondidas.

O mais estranho nisso tudo era que o Ennead havia se fechado, e eu apenas recebia ordens através de mensagens pelo espelho vindas pela deusa do amor, algo bem incômodo, diga-se de passagem. Deixei minha mesa na biblioteca de meu pai organizada e me preparei para ir ao encontro de meus amigos em nosso refúgio secreto, criado por nós e para nós, longe do olhar dos deuses.

Estar com eles lá era meu momento de calmaria do mês, já que fazíamos isso durante um final de semana, todos os meses, nos últimos dez anos. Bem, havíamos nos tornado imortais, todos nós, graças aos deuses, que nos deram outra chance. Ainda assim, não havíamos conseguido descobrir por que nossos divinos haviam se isolado de todos: segundo Augustus e Katheryna, não apareciam mais semideuses nos acampamentos onde moravam. Kanda havia dito que os deuses japoneses não mais respondiam os pedidos nos templos, e Aelyn completou dizendo que nem mesmo seu pai lhe dava mais o ar da graça.

Tudo estava um completo caos.

18 de Maio de 2030
Sentar no gramado com cheiro de chiclete me fez sorrir para Aelyn.

Mesmo sendo uma imortal a menina ainda tinha 12 anos e era extremamente protegida por Kath e Astrid, que sempre diziam para a mais nova que “se algum cara te azarar, nos chame para descer o braço dele”. Bem, eu mesmo desceria o braço em quem quisesse fazer mal para aquela pequena criança, já que a mesma havia se tornado minha primeira e melhor amiga.

Conversar com ela era gratificante, já que Augustus estava sempre junto com Astrid e Kanda sempre com Kath. “Acho que isso vai dar romance” Aelyn brincava enquanto ria, certa de que, no futuro, nossos amigos seriam casais plenos e felizes.

Naquela noite nos sentamos juntos em volta de uma fogueira para discutir estratégias de batalha. Kath havia previsto que teríamos que nos enfrentar em campo em um futuro próximo, então prometemos que faríamos nosso melhor para nos tornarmos peões dos deuses sem deixar transparecer nosso “por baixo dos panos”.



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Grimório de anotações de Katheryna Walker, manuscritos datados de mil anos atrás

20 de Agosto de 2.041
Dizer que os gregos haviam dominado grande parte do território americano era ser imprecisa, já que havíamos conquistado mais da metade.

Fazer os romanos recuarem para a Oceania foi uma tacada planejada entre Augustus e eu, embora o filho de Belona não tenha feito isso de forma silenciosa. Os pequenos confrontos que tivemos durante o caminho foram tensos e perdemos muitos campistas, mas tudo seria para um bem maior: o que previ teria que se tornar realidade.

Atualmente, o mundo está semelhante a um tabuleiro de War: gregos dominam as Américas, romanos dominam a Oceania, egípcios dominam a África, celtas dominam a Europa e os japoneses a Ásia. Conforme o planejado, Astrid manteve os nórdicos de fora: como conseguiu, eu não faço ideia, mas tenho certeza de que ela nos contará um dia, já que a filha de Loki é extremamente ardilosa, exatamente como uma raposa.

Minha vida de imortal tem sido bem corrida, e parece faltar tempo para tudo. Já fazem dez anos que não vejo meus amigos que não em combates rápidos, e devo confessar que é bem desgastante. Odeio tudo isso, mas é por um bem maior.

26 de Dezembro de 2.041
Hoje chorei sobre uma das duzentas e cinco mortalhas espalhadas pelo gramado do Novo Acampamento em Nova York.

Desde 2.031, quando os deuses deram novos sinais de vida, semideuses brotaram como pragas e, se não bastasse a merda que aconteceu ao longo desses vinte anos, há três a Névoa caiu. Monstros surgiram e fomos expostos então, por mais que não houvessem mais romanos em todo o continente americano (os que eram pegos eram condenados à morte, embora eu tenha conseguido salvar alguns às escondidas), ainda tínhamos mortais comuns como inimigos.

A sociedade nos via como aberrações, monstros atacavam humanos e as caçadoras estavam cada vez mais ocupadas com isso, embora depois de algum tempo elas mesmas pararam de se importar. Na verdade, a deusa Ártemis parou de salvar pessoas, e isso deixou nosso acampamento incerto sobre o que poderia nos acontecer.

Olhei para o símbolo de Selene na mortalha e levantei a mesma para dar uma última olhada no rosto de Rebekah, uma amiga e minha protegida. Debrucei-me sobre ela mais uma vez, pedindo desculpas por não ter sido capaz de protegê-la.

30 de Dezembro de 2.041
Hoje eu fiquei presa no Olimpo, no sentido literal da palavra.

Lembro-me de subir até o 600º andar do Empire State para pedir aos deuses que parassem com aquilo, por isso me tomaram como traidora e me jogaram em um cela, dizendo que eu estava sendo ingrata com o que me foi dado. Sentei em um dos cantos daquele cubículo escuro e gelado e chorei quando Afrodite apareceu e disse que a culpa era toda minha, que se eu não tivesse falhado naquele dia nada disso estaria acontecendo.

Os deuses sempre me culparam por aquilo e, embora tenham me dado outra chance, por ela eu poderia simplesmente ter morrido. Pedi desculpas em baixa voz após a deusa sair, abraçando meus joelhos e deitando a cabeça neles, me sentindo culpada pelas mortes que ocorreram nesses anos, afinal era tudo culpa da minha incompetência, mas não podia fazer nada sobre isso.

Não atacaria as pessoas que cuidaram de mim quando fiquei presa naquela bendita caverna.

Funguei e apenas pedi ajuda para meu pai, rezando para ele em silêncio enquanto implorava para que ele viesse me tirar daquele lugar sombrio que me deixaram: eu tenho medo do escuro e já sentia minhas palmas suarem frio. E, como sempre, Apolo não me atendeu, nem mesmo deu o ar da graça. Então caí em lágrimas novamente.

19 de Setembro de 2.042
Pelas minhas previsões, a batalha verdadeira começaria no ano que vem e eu não tive tempo para treinar. Ainda estou presa no Olimpo e, todos os dias, um espectro mandado por Hades aparece para me torturar. Como, eu ainda não sei, talvez seja o presente especial que me foi dado, mas sempre, no mesmo horário, ele está ali em pé, com aquele maldito sorriso de psicopata.

Meus braços doem pelos cortes, mas o mais está machucado em mim é a minha alma. Terrores adentram meu ser através das lâminas usadas e me causam pesadelos, além de me mostrar todos os tipos de cenários das tragédias humanas, com mortes, sangue, violência gratuita e coisas a mais. Eu não aguento mais, e até mesmo havia pedido para morrer há dois dias atrás mas os deuses não me permitiram isso.

Mordi o lábio com força e senti o gosto metálico inundar minha boca para reprimir o grito de agonia quando senti, mais uma vez, algo frio adentrar minha perna. Fechei os olhos com força, afinal teria que aguentar mais algum tempo: Dezembro fecharia um ano que eu estava lá e, após aquilo, eu seria livre novamente.

E então as coisas ficariam piores do que a tortura que estava sofrendo naquela cela.

Admin
Admin
Progenitor Divino :
Fulano
Sáb Jan 30, 2021 1:29 pm
A Guerra e seu PósParte 2
Manuscritos Encontrados

Diário de Pretor de Augustus Bocceli, datado de mil anos atrás

15 de Março de 2.043

A Oceania não era tão ruim assim, e desde que aportamos em Sydney as coisas não tem sido tão terríveis. Claro que os deuses não estavam tão felizes em terem que se mudar, mas pelo menos a Legião estava unida e estávamos nos fortalecendo, e isso por si só já era uma coisa notável.

Marte apareceu no Novo Acampamento Júpiter hoje para falar comigo, dizendo que eu estava fazendo um bom trabalho apesar de tudo e informando que a guerra logo se aproximaria. Perfeito, pois fora isso que Kath previra no passado para nós, então nossa batalha ensaiada estava prestes a acontecer. Por mais que os deuses tenham insistido em atacar a América novamente e tomar o que era nosso, os convenci a irmos para a Europa com o argumento de que seria mais tranquilo tirar o território de uma criança e depois, com uma força maior, tomar de volta nossa terra.

O antigo lar dos deuses nos daria força, mas diferente do esperado, lá não confrontaríamos Aelyn e sim Astrid, conforme nosso planejado, uma vez que a celta iria para a África enfrentar Sett.

Respirei fundo pelo nariz e soltei pela boca, ouvindo atentamente as palavras do deus da guerra.

30 de Março de 2.043

Partir para a Europa foi mais tenso do que planejamos, confesso.

Meus músculos estavam doloridos de ansiedade e tensão, afinal fazia muito tempo que eu não via a garota que amei, amava e provavelmente continuaria amando. Aquela nórdica brincalhona e esquentadinha, que adorava soltar bombas de pum na nossa cabana naquela fenda de espaço onde tínhamos nosso refúgio era meu principal motivo de resistência a todos esses anos.

Meus amigos importavam sim, claro, mas ela era o motor que movia o meu barco.

“Você está apaixonado” Lyara, minha colega pretora e filha de Trívia soltou quando estávamos sozinhos na cabine do capitão. “Eu sei de muitas coisas, Augustus. As cartas não mentem, sabe?”

Sorri sem graça, me dando por vencido por não conseguir negar nada do que ela dizia.

“As cartas me mostraram como vão ser as coisas. Aquela que você ama vai estar nos esperando.”


01 de Maio de 2.043

Astrid e eu passamos um mês em uma guerra fria – pelo menos de nossa parte, já que nossos subordinados haviam ido para a linha de frente. Mas era a nossa vez e nos peitarmos, e confesso que quando vi o corpo de Lyara no chão meu sangue ferveu em ódio.

Eu somente queria encontrar quem havia feito aquilo com minha amiga de anos, a garotinha que encontrei em 2020 com 7 anos e criei como uma irmã mais nova. Confesso que, por alguns poucos instantes, esqueci quem era e o que deveria fazer, e provavelmente teria entrado em modo fúria se não fosse por Astrid me abraçando por trás, pedindo para me acalmar.

“Ela me salvou, Augustus” o sussurro dado pela filha de Loki tencionou todo o meu corpo de uma vez, e ali nós dois perdemos o que construímos com nossa encenação, perante as faces confusas de todos os nossos soldados. Sem me importar me virei na direção da moça e a abracei com força enquanto um ponto de luz aparecia perto de nós, dando lugar para a deusa Héstia, que sorria com uma gentileza que somente alguém como ela poderia ter.

Estava acabado.

05 de Maio de 2.043

Aprender com nossos erros sempre é uma coisa boa.

Todas as Pétalas estavam reunidas em um grande salão, na presença de inúmeros deuses de todos os panteões. Estávamos, literalmente, com a corda no pescoço, afinal nossa encenação foi revelada e os divinos não estavam nem um pouco contentes.

Da esquerda para a direita estavam Kath, eu, Astrid, Sett, Aelyn e Kanda. Pulsos presos às costas e pés acorrentados ao solo, vi que tanto Kath quanto Aelyn olhavam nervosamente para o chão, enquanto Astrid mantinha a cabeça erguida e nariz empinado em zombaria. Kanda parecia não focar em nada em especial, o olhar vazio e sem vida do japonês me deixava apreensivo.

Soltei um suspiro enquanto escutava Zeus/Jupiter se pronunciar, dizendo que estávamos sendo acusados de traição e toda aquela asneira de éramos apenas mortais e que devíamos obedecer as ordens deles, que agimos pelas costas e fizemos o que bem entendíamos. Também completou dizendo achar mais do que justo retirar nossas imortalidades e nos fuzilarem ali mesmo.

A maioria dos deuses concordou, assim como concordaram em fuzilar a grega primeiro já que fora a mesma que previra o futuro. Mais que depressa vi Kanda levantar a cabeça e começar a protestar, sendo seguido de Astrid, Sett e Aelyn. Sem mover meus lábios voltei os olhos para Apolo, vendo o deus se mexer de forma nervosa em seu lugar.

“Vai deixar que matem sua filha?” perguntei, erguendo a voz e calando meus amigos. “O que fizemos de errado aqui?” continuei, desta vez deixando que a raiva saíssem em minhas palavras. Desde que vi Lyara morta, eu nunca estive tão puto.

“Vocês nos pedem uma tarefa. Falhamos, tudo bem. Mas não é como se vocês não estivessem querendo aquilo apenas por vocês. O que vocês acham que somos, ao final das contas?” observei os deuses em silêncio e então cravei o olhar em minha mãe, Belona. Sentada em uma cadeira, com seu manto roxo nas costas, vi um brilho nos olhos da deusa da guerra que me deu coragem o suficiente para continuar.

Era orgulho.

Engoli o medo de ser morto e estufei o peito.

“Eu repito a pergunta: o que fizemos de errado? Tentar parar uma guerra sem sentido é errado?” gritei a plenos pulmões, mesmo quando o ar começou a ficar rarefeito e carregado de estática de Zeus/Jupiter. “Somos inocentes e não traímos ninguém. Tudo que fizemos foi tentar proteger o futuro, tanto nosso quanto dos outros semideuses. O sangue dos mortos estão nas mãos de vocês, não nas nossas.”

Quando finalizei, um raio ecoou do lado de fora e do lado de dentro ficou impossível respirar. Então perdi a consciência.

07 de Maio de 2.043

Quando acordei pensei que estava morto, mas era apenas um ambulatório normal. Havia um irritante som de bip e um treco em meu rosto que cobria meu nariz e minha boca e me ajudava a respirar.

“Ah. Augustus!” o timbre conhecido me fez olhar para o lado e constatar que Astrid estava ali, segurando a minha mão. “Não faça mais isso. Achei que fossemos realmente morrer.” A loira soltou uma risadinha fraca e me ajudou a sentar, indo apertar o botão para chamar a enfermeira logo depois.

“O que...” eu comecei, mas a via levantar a mão que, por sinal, estava enfaixada. Olhei melhor e notei, pela primeira vez, que a nórdica vestia as roupas do hospital, que estava com ambas as mãos enfaixadas e com um pé no gesso. “Fomos poupados, mas não saímos ilesos. Os deuses concordaram em nos manter vivos graças à intervenção do senhor Baldr, da senhora Héstia, do senhor Cupido, da senhora Dea Matrona, da senhora Amaterasu e do senhor Toth.”

“E os outros?” perguntei em temor, afinal aqueles eram meus amigos de longa data, e os melhores que eu havia feito até então. Levei a mão ao coração, sentindo-o bater de forma descompassada. “ Kanda e Aelyn ainda estão inconscientes. Sett está com Al, e vou ver o Yuu daqui a pouco. Kath está no CTI.” vi Astrid engolir em seco, como se temesse dizer algo ruim. Então balançou a cabeça. “Obrigada por acordar, Augustus.” a garota chorou, então levei minha mão à sua cabeça e lhe fiz um cafuné.

Iam ser longos dias até que nos recuperássemos.


Anotações e registros de Kanda Yuu, datado de mil anos atrás


15 de Junho de 2.043

Ainda no hospital, confesso que estava de saco cheio já.

Todos estávamos nos recuperando bem, embora a única pessoa que eu desejava ver ainda estivesse no CTI. Soltei um suspiro enfadado, minha perna suspensa me impedia de mover o corpo da forma que queria então estava à mercê de Astrid, que ficava desenhando caretas no gesso.

“Relaxe, Yuu.” ela dizia, corajosa o suficiente para me chamar pelo primeiro nome. Bem, eles eram os únicos que podiam me chamar daquela forma, embora eu realmente não gostasse disso. “Tenho certeza de que vai dar tudo certo para nós. De párias viramos heróis, sabe?” comentou enquanto sorria. Soltei um suspiro enquanto cruzava os braços, então encostei as costas na cabeceira da cama e fechei os olhos, sentindo quando os dedos pálidos e longos da nórdica tocaram minha cabeça, enroscando-se aos meus fios escuros e fazendo carinho.

Deixei que um sorriso brotasse em meus lábios naquele momento. Astrid sabia como nos deixar tranquilos, sempre agindo como uma mãe para todos nós, cuidando e protegendo o que construímos com unhas e dentes e desse sentimento eu entendia.

Desejava proteger todos a qualquer custo.


24 de Dezembro de 2.043

Estarmos todos juntos naquela data me fazia feliz, mesmo que prefira não admitir em voz alta.

Quem deu a ideia de comemorar o Natal naquele ano fora Astrid e, como todos haviam aceitado, resolvemos fazê-lo.

Naquela dia em questão fazia cerca de quatro meses que todos deixamos o hospital com cem por cento de nossos corpos recuperados. Somente então soubemos que, durante nosso desmaio na reunião dos deuses, vários outros foram contra nossa morte e nos protegeram, dizendo que éramos heróis.

Astrid estava bem e enérgica como sempre, enquanto colocava a mesa para a ceia de Natal com a ajuda de Aelyn, que estava vestida de Mamãe Noel. Augustus estava na cozinha fazendo a janta, e Sett estava comKath e os dois estavam trancados no escritório há um tempo, conversando sobre algo que somente os deuses sabiam. “Yuu, me ajuda aqui, por favor.” a voz de Aelyn me tirou dos devaneios, então voltei minha atenção para a criança ao meu lado, que me observava com os olhos grandes demais para um ser humano normal.

“É claro.” sorri para Aelyn e então me mexi para colocar as meias sobre a lareira para o Papai Noel. Para uma semideusa de doze anos imortal eu, sinceramente, achava uma graça ela ainda acreditar no bom velhinho, o que provava que mesmo depois de tudo ainda havia ali a inocência de criança que deveria ter.

25 de Dezembro de 2.043

Quando ceiamos à meia noite, nos demos Feliz Natal ao brindarmos com copos repletos de refrigerante. Deixaríamos para beber o hidromel de Astrid depois que Aelyn fosse dormir para esperar a chegada do Papai Noel, pois mesmo tendo a mesma condição que tínhamos ela ainda era uma criança.

Kath e Sett sussurravam algo entre eles e, antes que pudesse perguntar, Augustus fora mais rápido. Infelizmente a única resposta que tivemos foi que saberíamos no tempo certo e, após isso, comemos em meio a conversas iniciadas pelo egípcio, o crepitar da lareira ao fundo de nossas risadas altas não demonstravam que há alguns meses atrás quase nos matamos em combate.

Aquela cabana onde morávamos agora, próxima aos Alpes Suíços, era a nossa recompensa de guerra e nosso cantinho da paz, local sem acesso a outros semideuses e a monstros também, devidamente protegido e próximo de um vilarejo onde conseguíamos comida, bebida e outras coisas, como roupas e afins. Infelizmente todos os caminhos estavam bloqueados pela nevasca de fim de ano, o que não era problema para nosso porão abarrotado de coisas.

Trocamos nossos presentes, os quais combinamos que deveriam ter sido à mão, e rimos mais ainda: Astrid havia tirado Sett, que ganhou uma bomba de pum tamanho família; Sett, por sua vez, havia tirado Augustus e lhe deu uma enciclopédia a qual vinha escrevendo desde que era criança. O romano havia tirado Astrid, e ele lhe deu um arco de madeira em estilo japonês. Então sobramos eu, Kath e Aelyn. A celta havia tirado a grega, e ela lhe deu um prendedor de cabelo com colagens de sóis usando óculos escuros. Kath havia me tirado e eu ganhei um cachecol vermelho com várias e várias pontas soltas, mas que guardaria pelo resto da vida. E, por fim, eu havia tirado Aelyn, e dei a ela uma adaga que havia moldado com a ajuda de Augustus.

Por fim, fomos todos dormir felizes com nossos presentes.

Naquela noite, dormi com o cachecol.


10 de Janeiro de 2.044

Sentados à mesa, Seth e Kath pareciam duas crianças que haviam feito uma travessura muito grande e, com papéis e mais papéis espalhados à frente dos dois, nos convidaram a sentar também, dizendo que tinham uma novidade para contar. Assim eu, Astrid, Augustus e Aelyn obedecemos e cada um ocupou uma cadeira de nossa mesa redonda feita de madeira e vidro.

E, palavra por palavra, frase por frase, fomos compreendendo o que aqueles dois tanto sussurravam entre si naqueles dias e os motivos de ambos terem sumido por dois dias seguidos após deixarem um bilhete de “Voltamos em breve”: junto aos deuses, Seth havia tido a ideia de construir um lar para semideuses pertencentes aos nossos lados, para treiná-los e protege-los do que havia do lado de fora.

Era fato que o mundo ainda estava em reconstrução, que as fronteiras divinas ainda estavam sendo traçadas entre conversas – e algumas brigas, talvez, a julgar pelos raios e trovões que cortavam os céus de vez em quando -, mas aquele lugar em específico anunciado pelos dois havia sido muito bem recebido por todos os divinos.

Educar, ensinar e proteger as próximas gerações seria um enorme desafio, mas estávamos prontos para agarrar essa oportunidade e não permitir que as coisas que haviam acontecido se repetissem no futuro. Sorrimos um para o outro, concordando em sim, começar com a construção e logo dar início àquela ideia maravilhosa.


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Sáb Jan 30, 2021 1:32 pm
Tempos AtuaisParte 3
Manuscritos Encontrados

Diário de Astrid Johannessen,


28 de Abril de 3.148

Talvez eu esteja ficando paranoica, mas tenho quase certeza do que vi em minha sala de aula. Ganesha não é um deus impossível de ser identificado, assim como qualquer outro deus hindu, mas como eu estava há pelo menos três noites sem dormir pode ser apenas coisa da minha cabeça. Suspirei enquanto tentava decidir se deveria ou não contar aos meus colegas de Marfim, embora após tomar cinco xícaras de café tenha decidido que não valia a pena o alarde.

Quando olhei ao relógio percebi que era quase nove horas da noite, então mais que depressa recolhi os testes que havia aplicado, dividindo-os em duas pilhas – corrigidos e não corrigidos – e guardando-os em minha pasta colorida com lhamas desenhadas, a qual ganhei de Aelyn dez anos atrás. Saí da sala e corri pelos corredores, levando alguns xingões de fantasmas desavisados mas bem...

Hoje era dia de Augustus fazer comida nórdica, e eu estava louca para beber logo meu hidromel de seis meses de fermentação.


05 de Maio de 3.148

Perguntei para Sett se ele havia visto algo de estranho dentro do Instituto e, após negar veemente e me garantir que a Ilha era cem por cento segura, apenas deixei quieto o fato de que eu continuava vendo Ganesha onde quer que eu fosse.

“Acho que estou enlouquecendo” comentei com Kath na hora do almoço, enterrando o rosto nas mãos enquanto a grega dava tapinhas leves em minhas costas em forma de consolo. Minha amiga havia se tornado muito diferente desde o fim da Batalha há mais de mil anos, e claramente ninguém poderia culpa-la: dentre nós ela foi a única que realmente esteve no abismo da morte durante um mês inteiro.

“Talvez não esteja. Mas infelizmente não posso te ajudar com previsões.” a loira comentou com infelicidade, me fazendo balançar a cabeça e dizer que estava tudo bem. Descobriria por mim mesma o que estava acontecendo. “Se tem alguém que pode tentar te ajudar, esse alguém é a Primeira. Veja com ela, tenho certeza que poderá lhe dar um norte” Walker continuou, apontando para a Torre do Relógio.

É claro!


06 de Maio de 3.148

Era o segundo dia que eu estava indo até a morada do Primeiro Mistério para conseguir informações. Melissa Skywalker era a Dama do Tempo, a Mistério que dominava passado, presente e futuro, logo talvez conseguisse me dar as informações que eu tanto desejava. Porém mais difícil que ganhar no Jogo do Bicho era achar aquela garota na Torre do Relógio.

“Melissa, sou eu, Astrid. Preciso de ajuda, abre ai, vai?” bati por dez minutos na porta e nenhum sinal do Primeiro Mistério. Respirei fundo pelo nariz e usei minha arma secreta para atrair sua atenção. “Caso não saia, vou jogar uma bomba de pum aqui”.

A porta abriu imediatamente.

“O que quer de mim?” o olhar vazio por detrás do óculos de grau com lentes grossas demais grudou em mim e engoli em seco. Melissa era o Mistério mais difícil de lidar depois do Sexto, afinal a garota havia ficado presa para sempre em um lugar como aquele e só recebia visitas quando as pessoas precisavam de alguma coisa.

Como eu, neste exato momento. Então não posso culpa-la por nada.

[/i]“Preciso que me ajude a identificar se há um invasor aqui”[/i] sussurrei para que apenas ela escutasse. A vi levantar uma de suas sobrancelhas perfeitamente alinhadas antes de suspirar e abrir a boca para retrucar. “Sabe que não posso usar meu poder assim. Não é como se eu pudesse fazer qualquer coisa apenas por conseguir controlar o tempo.” comentou com impaciência, batendo a porta em minha cara logo em seguida.

“Peça a ajuda do Quinto. Ele é quem tem as respostas para tudo.”

Naquele momento me senti um João-Bobo sendo jogado para todos os lados.


10 de Maio de 3.148

Mesmo que os Mistérios mais difíceis de lidar sejam o Sexto e o Primeiro, o mais difícil de encontrar era, definitivamente, o Quinto. Aguardei no hall de entrada até que o relógio batesse 16h, e então observei a posição de um dos cristais e onde seu reflexo batia. Virei-me na direção da parede e fui, atravessa do a mesma antes do último badalar do sino e me vendo na grande Biblioteca das 16 Horas.

Os alunos não conheciam aquele lugar, apenas os deuses e nós, as Pétalas. Uma biblioteca secreta, com livros e mais livros referente a vida de TODOS os semideuses existentes no planeta. Livros de capa branca eram de pessoas vivas e os de capa preta eram daqueles que morreram. Os de capa branca com uma listra vermelha embaixo eram daqueles que estavam próximos da morte. Suspirei e observei algumas estantes até chegar em uma dourada com seis divisões, cada uma delas com cerca de sete livros dourados.

Os livros das Pétalas Imortais.

Meu nome reluzia em um vermelho vívido, da cor do fogo que queimava dentro de mim, e não pude deixar de sorrir com a curiosidade de olhar o que o futuro nos reservava, mas me contive quando escutei um pigarro às minhas costas.

“O que deseja em minha biblioteca, Astrid?” a voz do senhor Johan Maximoff, um filho de Atena, soou com tédio e um pouco de raiva. Bem, ele odiava mexeriqueiros e não posso dizer que discordo totalmente disso, afinal eu odiava que mexessem nas minhas coisas.Dei um sorriso sem graça e então contei a ele meus motivos para aparecer na Biblioteca tão de repente.

O vi suspirar após mencionar a Primeira e então começou a falar. E, pelas informações que obtive, estávamos em maus lençóis.



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