Instituto Meio Sangue :: Sala 09
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Lorem ipsum dolor

-3º Celsius
O Pré-Guerra
"Diário de caça de Aelyn Celtigar,
23 de Dezembro de 3.149.

Quando foi que o mundo mudou? Enquanto corro pelos bosques liderando as caçadoras em buscas incansáveis por monstros que ameaçam nossas vidas semidivinas, minha mente sempre se vai para o Instituto Meio-Sangue e em meus amigos, as outras cinco Pétalas de Marfim.

Em dois dias será Natal, e mesmo não sendo cristã (e nenhum dos ocupantes do Instituto, na verdade) sempre volto para comemorarmos essa data, afinal foi por causa dela que conseguimos nos reunir depois da Batalha dos Marfins.

Tenho certeza de que Augustus fará uma excelente ceia, assim como Katheryna nos dará cachecóis feitos à mão (tenho todos os dos últimos 345 anos, já que foi mais ou menos nessa época que ela aprendeu a tricotar).

Astrid irá colocar bombas de pum natalinas por todo o Instituto, enquanto faz Sett segurá-las e o força a correr atrás dela, ameaçando estourá-las nele. Kanda certamente vai observar tudo e soltar uma risada lateral, mas manterá os olhos em Kath como o bom apaixonado que é. Infelizmente nem sempre foi assim, mas bem...

Acho que, mais de mil anos depois da batalha, as coisas finalmente tinham que entrar nos eixos, não?”
Mediterrâneo,
Setembro de 3.149


-3º Celsius
STAFF
AMATERASU
LOKI
SETH
THOR
Oq faria se acordasse com a pessoa de cima? Qua Fev 07, 2024 1:05 amBrianna E. Dellannoy
salada mista Sex Jan 05, 2024 1:35 amDimitri Romanov
PEGO, PASSO, CASO OU... MATO Q Qui Jan 04, 2024 7:55 pmBrianna E. Dellannoy
flood 1.0 [off topic] Ter Nov 21, 2023 12:52 amBrianna E. Dellannoy
Pedido de Parceria Seg Nov 13, 2023 11:05 amLoki
Criação de Poderes Qua Set 27, 2023 9:00 pmLoki
Área de Testes Sex Ago 25, 2023 5:08 pmAzeneth Kia Basha Ashraf
— Some people have lives... some people have music. Seg Ago 21, 2023 3:14 pmÍris Galani Markakis

Loki
Loki
Progenitor Divino :
Laufey
Seg Abr 03, 2023 11:02 pm
Sala 9

A última sala do subsolo 1, preferida pelo professor de Filosofia que gosta da distância e do silêncio que a localização da sala proporciona.




bettyleg

Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Seg Abr 03, 2023 11:30 pm



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36
O relógio não deveria indicar em seus ponteiros mais que 22hrs30min, se bem conhecia seus alunos, deveriam estar todos na festa, nos dormitórios ou nas salas de estudo. Ainda assim, Ian não poderia vacilar, se chamasse atenção para si, encontraria uma encrenca com a direção. Colocou a cabeça para fora da sala de aula, olhado o corredor com cautela, em toda a sua extensão não via um único ser vivo que pudesse vê-lo saindo dali naquele horário e indo em direção a mais um de seus muitos passeios noturnos.

O da noite passada havia deixado um corte no pescoço do professor, da mandíbula até a dobra com o ombro. Não fora profundo, mas era enorme e certamente deixaria uma cicatriz que teria de dar um jeito de justificar. Embora sábado não fosse dia de aula, Ian passara a tarde pronto para tirar dúvidas de quem quer que fosse, adoraria por se para pensar na teoria das Ideias de Platão e infelizmente nenhum aluno compareceu, teria de exercitar suas filosofias nas atividades noturnas. Viera com o colarinho da camisa desdobrado, num estilo vampírico que era ridículo para si, mas pelo menos escondera o corte dos olhos curioso.

Pegou a maleta com seus materiais e saiu da sala, apagando as luzes e fechando a porta logo atrás. Tinha que admitir para si que estava um pouco cansado e que certamente retornaria da Floresta com outro corte, talvez devesse descansar naquela noite e ignorar a vontade de sentar numa pedra, ao lado de uma Fúria e discutir horas e horas sobre o Mito da Caverna. Num descuido e uma total mudança de atenção, Ian deixou a maleta cair no chão, levando a mão ao pescoço que ardia de uma forma insuportável. Sua face se contorcia de dor e ele grunhiu, xingando o monstro que o acertara na noite anterior. Pressionou o corte com força, esperando que a pressão fizesse a dor passar, mas não só piorou, como o fez encarar a mão que tinha um pouco de sangue. Sabia que deveria ter feito um curativo, mas teria chamado mais atenção do que sua gola vampírica.

De repente Ian sentia que não estava sozinho no corredor do subsolo e sabia exatamente quem o observava ali. Por pouco não fora seguido para o meio da Floresta por ela, teria que dar o devido crédito a moça, que parecia estar interessada demais nas últimas aulas, quando certamente estava apenas tentando descobrir algo.

— Srta. Fabbri, poderia parar de se esconder? – falou entre um gemido de dor, mas sem qualquer tom que demonstrasse sua reação quanto aquilo, apenas o sotaque escocês. Talvez devesse ter reagido um pouco mais autoritário e direto, repreendendo-a sobre tal comportamento, mas a verdade é que jamais conseguiria falar naquele tom algo que o deixara surpreso e um tanto quanto empolgado. Era sempre animador ver estudantes fazendo qualquer coisa que não fosse o normal.


Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Seg Abr 10, 2023 9:15 pm
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
Love is being stupid together


Havia se arrumado para o tal baile, mas não tinha o menor animo pra ir, porém julgava que pudesse encontrar a pessoa mais interessante daquele instituto lá, afinal Ian era um rapaz culto, interessante e não um desmiolado como a maioria dos alunos ou até mesmo professores que só pensavam em pegar seus pedaços de aço e baterem nos outros e isso chamava a atenção da loira.

Dessa forma enrolou ao máximo pensando que talvez aquele baile não fosse lugar para um homem como o professor, a não ser que ele fosse obrigado a ir, por conta disso se deixou se esgueirar pelos corredores antes de ir verificar de fato se o rapaz estava no baile pelo subsolo, em busca da sala 9, sentia que se não fosse convocado ao evento estaria por ali.

Ao chegar ao local respirou fundo e tirou os sapatos de salto alto, os carregando em suas mãos, por mais difícil que fosse se escondia com todo aquele pano com certa eficiência quando via o rosto do mais velho observar os corredores, antes de realmente se ajeitar para sair. Mesmo que a maior parte dos alunos não se importasse a garota observava com cuidado aquela gola levantada, não era algo de costume do professor que sempre parecia se arrumar com certo cuidado. Chegava a pensar como se aproximaria do mais velho naquele momento e talvez até o convidasse para o baile, mas ele parecia realmente ocupado e determinado para ir a algum lugar, o que fazia a curiosidade da loira se atiçar e segui-lo da forma mais cautelosa que podia.

Não era a primeira vez que o seguia, mas normalmente acabava se perdendo do rastro do rapaz, mas aquela noite estava determinada a ir até o final e descobrir o que ele aprontava todas as madrugadas, afinal era excitante o fato de pensar que um homem culto e sábio também dava suas escapadas como um aluno encrenqueiro pela madrugada e isso atiçava a curiosidade da jovem loira, a curiosidade de saber mais sobre aquele que espalhava conhecimento de forma tão aplicada, mesmo que Violetta não fosse das alunas mais geniais.

Ao contrário do mais velho se distraia com facilidade em alguns assuntos e as vezes se pegava admirando muito mais os traços que achava mais belos do rapaz do que as palavras que saiam de seus lábios. Ele era realmente belo e intrigante, tinha sorte de não ter mais semideusas o perseguindo como ela o fazia, afinal seria fácil ser pega. Não demorou a terminar de pensar em ser pega quando o via se mover daquela forma, parecia com dor, talvez tivesse dado mal jeito em seu pescoço, afinal não estava perto o suficiente para perceber o que acontecia abaixo da gola, mas chegou em um impulso se mover como se fosse tentar ajudá-lo, mas logo se escondeu, mas talvez não fora tão discreta como gostaria, afinal ele a chamava por nome e não teria como se esconder mais.

Dessa forma não demorou a sair de seu esconderijo com os saltos em sua mão e caminhar na direção do professor, não se importando mais em encardir as meias longas e brancas no chão daquele local, assim suspirou e sorriu com o canto do lábio

- Você me pegou!

Falava como se fosse uma brincadeira que ele não sabia que estava brincando, enquanto o observava com cuidado e sorrindo com o canto do lábio, se aproximando de forma lenta, levando a mão ao ombro dele perto do pescoço, claramente curiosa em ver o que ele segurava, tanto que falava observando o local e olhando bem pouco para o rosto do mesmo enquanto dizia

- Achei que não estaria apreciando o baile, então procurei um jeito de me aproximar para lhe convidar para um passeio, mas você me pareceu tão ocupado... não quis atrapalhar

You don't just give up. You don't just let things happen. You make a stand! You say no! You have the guts to do what's right, even when everyone else just runs away.


Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Qui Abr 13, 2023 12:53 am



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36
Não pode deixar de mostrar em sua face o quão surpreso ficara com as intenções da Srta. Fabbri em chama-lo para dar um passeio. Seus olhos se arregalaram e Ian sentiu as sobrancelhas se curvando, um tanto intrigado com tudo aquilo, primeiro ela o seguira, depois dissera que pretendia chama-lo para passear. Seria errado dele pensar que as intenções da aluna talvez não fossem das mais puras?

— Você me pegou.

“Na realidade, não totalmente certo” ele pensou, tentando não prestar atenção demais na outra, mesmo que fosse difícil. Sentia-se um tanto ansioso, não deveria passar por uma situação daquelas com qualquer que fosse o aluno(a). A jovem usava um vestido azulado que deixava sua perna à mostra, demarcava o busto e a silhueta da aluna, certamente teria tido vários uaus arrancados dos semideuses naquela festa. Ainda assim, estava ali, no subsolo do Instituto em dia de festa, perseguindo o professor de filosofia.

Felizmente seu corte doía tanto que o distraíra com facilidade daquela linha de raciocínio, especialmente do movimento invasivo da outra, curiosa com o que o professor escondia. Se não estivesse sob aquela dor infernal teria se afastado, mas naquele momento não poderia se dar ao luxo de movimento bruscos. Até onde se recordava a Srta. Fabbri não era filha de deidades que eram capazes de resolver aquele corte em segundos, ainda assim, talvez pudesse vir a ser útil.

— Cortei-me Srta. Fabbri, sei que está curiosa – Ian falou levando a mão até a dela e afastando do corte, que doía ainda mais conforme era tocado, sua voz era uma mistura do ânimo e da dor — De fato, estive ocupado com algumas pilhas de livros e deveres dos alunos, tanto que nem notei quando um dos muitos artefatos de meu apartamento caíram sob meu pescoço. Deveria ter feito um curativo.




Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Qui Abr 13, 2023 2:12 pm
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
Love is being stupid together


Não era discreta em seu olhar e a forma que ele se movia deixava um tanto claro que sentia dor, mas ele confirmava com suas palavras depois de afastar a mão dela, a fazendo ficar levemente sem jeito por machucá-lo, mas claramente preocupada, tanto que se movia ficando agora realmente na frente do professor e suspirando

- Eu sei que não tenho habilidades para ser útil nesse momento, mas... me deixe ver o que você aprontou...

Com isso se movia de forma um tanto invasiva, mesmo que fosse claramente cuidadosa em seus movimentos, colocando a mão de forma suave sobre a dele como se quisesse afastá-la, mas por mais que fosse invasiva nesse movimento não o obrigaria a mostrar, apenas se deixava olhar aos olhos dele, demonstrando clara preocupação

- Se não quer ir a enfermaria, deixe pelo menos que eu tente fazer o curativo pra você, esse lugar parece difícil de cuidar sozinho...

Dessa forma mordia o canto do lábio e olhava ao redor rapidamente parecendo pensativa, mas não dava tempo para ele falar antes de continuar falando

- Hum... eu acho que não tenho nenhuma poção que possa ajudar ou remédio no meu quarto, mas se quiser posso pedir ou invadir a enfermaria, assim ninguém ficaria sabendo... ou será que tem kits de primeiros socorros na sala de filosofia?

Poderia dar um discurso sobre o porquê ele deveria se divertir e não ficar só afundado no trabalho e correção, mas não podia negar que, ver ele com os livros e falando durante as aulas não era algo a se apreciar. Assim apenas manteve o olhar fixado no dele, afinal ainda mais como aluna, não poderia invadir a privacidade de seu professor, mas deixava claro que estava preocupada com ele e um tanto ansiosa de ainda estarem conversando ali e não em algum lugar onde pudesse ajudá-lo, mesmo sem saber o tamanho daquele corte.

You don't just give up. You don't just let things happen. You make a stand! You say no! You have the guts to do what's right, even when everyone else just runs away.


Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Sáb Abr 15, 2023 12:41 am



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36
Estava questionando-se se deveria deixar que a aluna o ajudasse, em parte pela intimidade de tal ato, outra pela obviedade do corte, que na hora ela poderia notar que não fora resultado de um acidente doméstico. Foi através de mais uma longa pontada de dor, tão intensa quanto as outras, que Ian deu-se por vencido, teria de deixar que a outra cuidasse daquele corte.

Ela voltara a insistir em ver o local, colocando a mão sobre a do professor, que não tinha mais forças para retira-la mais uma vez. Sentiu os olhos esverdeados procurando o castanho dos dele, que logo desviou o olhar para algum canto qualquer, não a deixaria ver além do que ele queria transparecer. Ian não precisara encontrar Edgar em uma floresta para confirmar que, de fato, os olhos eram a janela para a alma.

— Pretendo ir à enfermaria pela manhã, Srta. Fabbri, contudo, a essa hora não pretendo dar trabalho para algum estudante que deverá estar se divertindo no baile – Ian pressionou os olhos, tentando amenizar aquela dor de alguma forma — E ainda assim, acredito que terei de aceitar a oferta.

Em seus momentos joviais o professor teria dito que sim, deveria invadir a enfermaria e que iria com ela, como uma missão. Mas já vivera anos suficientes para saber que deveria guardar o mínimo em sua sala, afinal, vez ou outra um aluno se empolgava com seus poderes e causava estragos. Ian pôs-se a caminhar em direção a sala de aula, talvez pela metade do caminho tenha lembrando de avisar Violetta, mas não teve forças para fazer um comentário extenso.

— Por aqui.

As luzes se acenderam assim que ele passou pelo arco da porta mais uma vez naquele dia, iluminando tudo. Ian retirou da gaveta de sua mesa uma pequena bolsa com o suficiente para que um curativo fosse feito, além de um comprimido para a dor. Aproveitou que havia esquecido a garrafa d´água sobre a mesa e já foi bebendo com o remédio. Gemeu de dor sentindo o líquido descer pela garganta, logo, pelo pescoço. Sentou-se sobre a madeira e retirou a mão da área, levando até os botões da camisa, que relutantemente desabotoou um ou dois, apenas o suficiente para deixar mais fácil o acesso ao corte.

Não se lembrara quando em sua vida tivera um corte tão dolorido quanto aquele e talvez, dada a sua origem, poderia ser algo bem pior do que imaginava. Torcia para não ter alguma toxina ou já estar em um estado deplorável que pudesse se espalhar pelo resto do corpo. Ou pior ainda, estar infectado e transmitir para a aluna. De todas, a última era a pior, contudo, nada mais poderia fazer, Violetta já havia tocado-o. Ian desviou o olhar para o teto, se ficasse cuidando os movimentos dela fazendo o curativo, certamente não a deixaria.





Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Ter Abr 25, 2023 11:49 pm
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
Love is being stupid together


A dor dele era clara, mas Violetta não tinha a real ideia da intensidade, por isso insistia em ver, ainda mais quando ele desviava os olhos de seus olhos, não que sempre se aproximasse tanto assim, afinal sua ideia inicial era fazer amizade com o homem belo que ensinava uma matéria que julgava “sonífera” e que conseguia a fazer estudar só para impressioná-lo, sem saber exatamente o porquê, tanto que havia acabado por pegar gosto a aquela matéria, por causa de Ian e só de Ian, ele a impedia de dormir nas aulas apenas com sua presença no local e a encantava com algo que a loira julgava chato.

- Já deveria ter ido né...

Falaria um sermão se não estivesse preocupada e curiosa, ainda mais ao ver ele forçar os olhos daquela forma e fazer comentários curtos, talvez até mesmo curtos demais para Ian, o que a deixava um tanto apreensiva conforme o seguia sem dar muito espaço para mudanças de ideia ou papo, até adentrarem a sala de aula. Se aproximou do professor e colocou os sapatos de salto alto ao chão e foi logo pegando álcool para esterilizar as mãos, bom podia não ser perita em machucados, mas sabia que não deveria mexer sem que fizesse a higiene das mãos afinal ele já gemia de dor para beber água, talvez o ferimento fosse pior do que o que Violetta imaginava.

Dito e feito, a se aproximar e afastar uma pequena parte da camisa do rapaz, fora obrigada a abrir mais botões da mesma para poder puxá-la e ver o corte por completo, seus olhos se arregalavam ao ver o estado daquilo, bom talvez não fosse tão grave como aparentava, mas era claro o porquê estava doendo, a fazendo demonstrar um leve desespero, mas mordia o próprio lábio inferior na tentativa de não o deixar ansioso enquanto começava a mexer no local. Não tinha certeza se o líquido que ele havia dado a ela para passar seria o suficiente para que a dor nem mesmo aliviasse, mas talvez pararia o sangramento das bordas infeccionadas do machucado, mas aqueles riscos esverdeados saindo do corte eram de uma provável toxina, algo que não saberia identificar e isso a deixava um tanto ansiosa mesmo que tomasse todo o cuidado do mundo para não o machucar enquanto espalhava o remédio

- Se você não for a enfermaria amanhã, eu juro pelo deus que você quiser que eu te arrasto pelos cabelos até lá...

Essa era a forma da garota de dizer que se preocupava com o que via, mas não queria desesperá-lo, afinal aquela toxina não parecia recém colocada e se fosse algo realmente perigoso já teria perdido seu professor para ela, mas ainda sim parecia inquieta com a ideia de esperar mais. Talvez o fizesse se surpreender em quão delicada poderia ser quando quisesse, afinal seu toque era leve, suave, talvez causasse a dor similar da que ele sentia com a camisa sobre o ferimento, principalmente quando o tampava e dizia

- Hum... não precisamos encher o saco de ninguém, mas... podemos ir até a enfermaria... seus artefatos cheios de... pontas... deixaram um corte bem feio... não é fundo, mas... você notou algo estranho fora a dor? talvez perturbação no sono, pensamentos confusos, qualquer coisa...

Ainda sim guardava para si a informação sobre a possível toxina, por mais que tentasse achar coisas que pudesse perguntar para descobrir mais sobre o que havia acontecida, mas talvez tivesse algo para ela no local, algo que a loira pensava ter um nome bem fácil de ser reconhecido, talvez tivesse em algum livro... ou ela mesma buscaria por ajuda se fosse necessário, estava mais preocupada do que demonstrava, mas ainda sim ao finalizar o curativo se deixava aproximar os lábios da bochecha do mais velho e marcar o local com seu batom dando um beijinho suave e dizendo baixinho

- Pra ajudar a sarar enquanto eu decido como vou te carregar pra enfermaria!
You don't just give up. You don't just let things happen. You make a stand! You say no! You have the guts to do what's right, even when everyone else just runs away.


Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Qua Abr 26, 2023 12:44 am



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36
— Já deveria ter ido né...

O romano revirou os olhos surpreso com a audácia das palavras proferidas pela outra, não lembrava-se de ter cedido espaço pessoal para que ela pudesse cobrá-lo daquela forma. Ainda assim, tinha que aceitar, afinal, só estava passando por aquilo por um descuido próprio, bobo e imaturo, que já deveria ter aprendido em seus muitos anos como professor.

O silêncio que se seguiu entre os dois fez com que Ian tivesse a curiosidade de olhar o que Violetta vira para ficar quieta daquela forma. Não era uma aluna silencioso, bem pelo contrário, falava mais do que Ian achava que fosse possível, ele não achava ruim, apenas curioso que fosse a única interessada em Filosofia por ali.

— Se você não for a enfermaria amanhã, eu juro pelo deus que você quiser que eu te arrasto pelos cabelos até lá...

— Não será necessário – Ian grunhiu de dor, fechando os olhos — Srta. Fabbri. Eu sei me cuidar.

Ian sentiu todo o corpo tensionar conforme ela passava o líquido sobre o corte, doía mais do que antes, mesmo que a outra fosse extremamente delicada. Ela o fazia perguntas que ele não conseguiria responder em meio a dor, mas que ainda assim o assombravam, fazendo com que Ian começasse a considerar opções para a quietude anterior da jovem. Lutara contra um monstro não muito agradável na noite anterior, que estava armado, a lâmina fora a responsável por aquele corte... Certamente estava envenenada. Xingou algo em grego rapidamente, se culpando por ter sido tão irresponsável e não ter procurado ajuda no início da tarde. Talvez precisasse realmente ir à enfermaria, ou procurar algum curandeiro no baile, uma das pétalas ou algum de seus alunos especializados em cura, lembrava-se de uma filha de Eir, longos cabelos castanhos dourados, olhos verdes o nome começava com M... Morgana? Marina? Marjana? Marj... Sua busca pelo nome foi bruscamente interrompida pelo beijo que Violetta docilmente depositou em sua bochecha, o fazendo perder a linha de raciocínio.

O professor a encarou, com uma sobrancelha completamente arqueada e um olhar de curiosidade em sua face, ainda lhe era um mistério o porquê da aluna o seguir e estar ali o ajudando. A expressão se desfez rapidamente ao sentir outra pontada de dor.

— Gostaria de vê-la tentar – Ian soltou as palavras sem pensar, seguidas de uma risada, pois achara engraçado que Violetta achasse que conseguiria convence-lo a ir até a enfermaria naquele horário.

Ian não iria se sujeitar a uma situação em que fosse ser visto ao lado de uma aluna, sendo carregado até a enfermaria, onde seria questionado sobre os motivos de tal ocorrência. Teria de negar, ou revelar tudo, trazendo à tona a verdade de suas saídas noturnas para a aluna mais curiosa da sala de filosofia.  

— Srta. Fabbri, preciso que seja sincera, há algo à mais neste machucado? – precisava entender qual a gravidade do problema, antes de tomar qualquer decisão precipitada.





Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Qua Abr 26, 2023 1:30 am
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
Love is being stupid together

Ria ao ver ele revirar os olhos, era divertido tirar de seu estado sério, bom sabia que talvez aquele não fosse o momento para isso, mas não estavam em aula, era uma das poucas vezes que tinha a oportunidade de ficar a sós com ele, algo que gostaria muito e que fora seu plano, mas ele se iniciou na ideia de encontrá-lo e terminou nessa mesma ideia, não havia planejado muito mais do que ir atras do professor naquela noite.

Enquanto cuidava do machucado o ouviu rebater seu comentário a fazendo apertar os lábios para não rir, mas não era uma risada de felicidade, era quase uma risada de nervoso, afinal ele dizia que sabia se cuidar, mas aquilo estava infeccionado e provavelmente envenenado, porém por mais que conseguisse segurar o riso de nervoso seus lábios falavam mais rápido do que seu cérebro podia cala-los.

- To vendo como isso ta infeccionado...

O professor claramente podia ver a aluna torcer o rosto em seguida, percebia que falava demais e talvez continuaria falando pela forma bruta que terminou sua fala, era claro que se arrependera de ter começado aquela frase, afinal o que sabia sobre a vida do mais velho? Assim suspirava e se calava, talvez pela primeira vez sem graça por falar algo, e apenas seguiu com o que fazia.

Após o beijinho em sua bochecha o professor a olhava de forma engraçada, a fazendo perceber que novamente o pegara desprevenido e bom gostava daquela sensação, afinal um rapaz tão culto e inteligente como ele quase a passava a sensação de não ser possível fazer algo do tipo, mas isso a deixava mais confortável na presença do mais velho, que parecia novamente sentir dor fazendo a garota segurar em seus braços como se fosse ajudá-lo com isso.

- Você não deveria provocar alguém dessa forma depois de mostrar um machucado desses... eu sei seu ponto fraco hoje!

Falava a verdade mas em tom de brincadeira, afinal gostava de ver aquele sorriso e não queria falar demais novamente, porem ele interrompia aquela risada com uma pergunta que fazia a loira morder o canto do próprio lábio e coçar os cabelos, dessa forma dizia para ganhar tempo

- Violetta... me chamar de Fabbri assim parece que vai brigar comigo o tempo todo...

Dessa forma suspirava e observava o local novamente, onde o curativo estava, como se avaliasse novamente mesmo que estivesse tampado por alguns segundinhos procurando as palavras certas para falar, levando a mão aos lábios completamente sem pensar e mordendo brevemente o polegar, passando a unha entre os dentes suavemente.

- Olha, tirando o quanto ele está infeccionado... bom... ele tem algumas linhas... que bem... parece que o seu artefato... ou seja lá o que você brigou... tinha algum tipo de toxina, talvez algum veneno... massss.... não se preocupa... se você não teve nenhum sintoma esquisito, além da dor, até agora ou não se espalhou ou não é tão forte... então podemos ir até a enfermaria e cuidar disso... afinal... nem se eu encher você de beijos vai melhorar!

Falava fazendo uma piadinha no final, estava com medo de deixá-lo desesperado, mas... não era simples falar para a pessoa que provavelmente ela estava envenenada por um composto que não fazia a menor ideia de qual era e que ia ficar tudo bem... Com isso apenas voltava a se afastar um pouquinho mais e ajeitava a camisa dele com cuidado, começando a fechar os botões para ele e logo dizendo antes mesmo que ele tentasse dizer ou fazer algo

- Nem pensar, descansa o braço ou você pode piorar o machucado... ninguém vai morrer ou pegar eu e você aqui comigo fechando sua blusa...

You don't just give up. You don't just let things happen. You make a stand! You say no! You have the guts to do what's right, even when everyone else just runs away.


Marjorie Carolina Haim
Marjorie Carolina Haim
Progenitor Divino :
Eir
Qua Abr 26, 2023 10:51 pm


things that only Carolina will ever know

“Droga, Marjorie!”

Talvez pela pressa e o medo de ser seguida – ou não ser encontrada – Marjorie deixou a máscara cair no corredor, enquanto corria. Não voltou atrás, era apenas um pedaço de tecido com arames que Pezz havia dado a ela antes da festa e, com exceção de Whisky e Pezz, ninguém mais lembraria quem utilizara tal acessório. Desceu muitos lances de escada em total desespero, não pretendia ir para os dormitórios tão cedo, pois era o mais óbvio a se fazer e o local mais fácil para que a procurassem. No final, era só bater em 20 portas e esperar que em uma delas, a garota respondesse. Marjorie, a própria Cinderella.

Em algum momento resolveu parar, pelo perigo que era correr naqueles saltos e por deparar-se com um local sem saída: estava no subsolo do Instituto. Era um dos seus lugares favoritos, pela quietude e pelas salas de aula que a lembravam de como gostava de aprender as mais variadas coisas naquele lugar. E embora fossem quase 23 horas, podia ver a luz da sala de filosofia acesa, o que significava que algo ocorria ali e tudo que era ligado ao Professor Keith a interessava.

“Ah Ian, o que é que você aprontou?!”

Já havia esbarrado com ele em diversas situações, especialmente as perigosas. O encontrara a beira da morte mais vezes do que podia contar em seus dedos e o ajudara em todas elas, mesmo sendo completamente contra a vontade do homem, que apenas dizia que não queria incomodá-la. Keith sabia que Marjorie era filha de Eir, mas só usava seus poderes em casos de necessidade, sem nunca deixar claro para os outros o que fazia ou de quem herdara seu lado divino. Por sua vez, Marjorie sabia que o Professor dava passeios noturnos por curiosidades filosóficas que monstros podiam fornecer a resposta, mas depois os eliminava. Isso quando não ia mais longe, por pura curiosidade. Os dois guardavam o segredo um do outro, ou pelo menos era o que ela esperava.

Se bem o conhecia, estaria machucado, ou prestes a sair para uma aventura, mas a primeira fazia mais sentido. Marjorie era capaz de sentir o estado de qualquer ser vivo perto dela, as vezes não podia controlar a extensão de tal poder, mas sempre sabia se alguém estava precisando de ajuda. E Ian definitivamente estava. Adentrou a sala já descalça, com os pés doendo, mas bem mais confortáveis sem aquele salto. O Professor de Filosofia estava sentado sobre a mesa e uma jovem loira o acompanhava, curiosamente o comentário dela fora “ninguém vai morrer ou pegar eu e você aqui comigo fechando sua blusa...”, arrancando uma breve risada da nórdica. Automaticamente anunciou a sua presença e cuidou para que não estivesse interrompendo nada demais, embora duvidasse que Ian fosse capaz de algo assim, tão público.

“Não consegue ficar longe das lutas, não é mesmo?!”

Marjorie tinha a certeza de que ele estava ferido, então não hesitou ao apressar o passo em direção ao professor. Parando perto o suficiente para por os olhos em um corte nada agradável no pescoço do homem, balançou a cabeça negativamente, desaprovando o que quer que ele pudesse ter feito para ter conseguido um machucado tão feio.

— Não consegue ficar uma semana sem se machucar, consegue? – o repreendeu enquanto ainda encarava o corte. Já sabia o que era, qual a profundidade, o que o infectara e o que precisava fazer, mas tinha um certo receio de tomar partido pela presença da loira ali — Ele disse a você que poderia tomar conta dele mesmo? – perguntou para a jovem a sua frente, rindo da situação enquanto gentilmente pedia licença para olhar de perto o estrago e fazer algo. Trocou um olhar preocupado com Ian, não sabia se podia confiar na outra, mas ainda assim, repousou a mão sobre o ombro do lado que estava inteiro, aliviando a dor do outro.



Poderes:





Vestido & Máscara


baile de inverno 10, setembro 08:32 pm


Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Qua Abr 26, 2023 11:38 pm



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36


Ele era o divertimento da noite da Srta. Fabbri, já que ela ria toda vez que Ian revirava os olhos, ou tentava esclarecer que podia e era responsável e cuidadoso consigo. Logo, não haviam motivos pelos quais não poderia confiar na palavra dele, especialmente depois de deixar escapar que o corte estava infeccionado. Ian precisaria andar acompanhado de um curandeiro em suas próximas saídas noturnas, não era possível que tivesse tanta má sorte a ponto de voltar com uma infecção para o instituto.

— Isto é uma ameaça contra o seu professor, Srta. Fabbri? – Ian a questionou fingindo estar incrédulo, quando por dentro queria rir da audácia naquela frase e do humor da aluna, mas tinha de conter-se, pela dor e pela discrição que deveria ter perto da outra.

Embora ela não parecesse ter qualquer limite, o tocara, beijara sua bochecha, o seguira e ainda pedia que o chamasse de Violetta. Ian não a olhou diretamente, apenas encarou-a pelo canto dos olhos, entendia a reclamação da outra, mas ainda assim não sabia se sentia-se confortável o suficiente para cruzar aquela linha.

— Não briguei com nada – falou rápida e rispidamente, negando que pudesse ter se envolvido em uma luta, o que realmente fizera, mas negaria até seu último segundo — Perdão, é a dor.

Mais uma vez a encarou, ainda estava curioso com o quanto ela falava e não se importava em quebrar qualquer limite entre a relação de professor e aluna, especialmente com o comentário sobre não poder curá-lo com beijinhos. O que o levou a uma lembrança curiosa sobre um encontro que tivera quando ainda era jovem e ingênuo, uma garota dissera a ele “mordi a língua”, na esperança de que ele fizesse o óbvio para aqueles criados sobre a crença de dar um beijo para melhorar. Ian a deixou esperando. Mas aquela era uma memória que não deveria ter atrelado aquela situação, então apenas permaneceu quieto, não mencionaria em voz alta, não queria dar a entender que suas intenções fossem impuras.

E como se a mesma tivesse invocado alguém, ao ouvi-la dizer que não seriam pegos com ela pondo as mãos em sua camisa, Ian ouviu passos. Pode ver toda a carreira dele indo por água a baixo, todos os anos de estudo, o profissionalismo, as aulas, os privilégios e o salário... Apenas por ter sido pego com uma semideusa em sua sala de aula depois das 22hrs.

O coração de Ian parecia querer sair pela boca e nos segundos que se seguiram ele realmente achou que era o fim, até ver Marjorie passando pela porta. Já era de praxe que os dois se encontrassem quando ele precisava de ajuda, afinal, a semideusa tinha capacidades sobre-humanas de identificar quem estava ferido ou doente. Se tornaram confidentes depois de muitos perrengues juntos, mas Ian ainda mantinha total profissionalismo ao lado dela.

A filha de Eir se aproximou já o repreendendo, causando com que os olhos do professor se revirassem, pensando que antes era apenas Violetta para repreendê-lo e agora tinha Marjorie para somar. Não era um incompetente, sabia se cuidar e não precisava ser socorrido por ninguém, pelo menos não na maior parte das vezes.

— Faz mais do que uma, Srta. Haim – a corrigiu lembrando-se da última vez, quando chegara cambaleando de uma briga contra um ciclope, em que quebrara o braço e desmaiara de dor.

Marjorie o curou e Ian disse a si mesmo que jamais se colocaria em tamanha humilhação novamente. Era um péssimo exemplo para os alunos. Sentiu a dor forte novamente, cerrando os dentes e fechando os olhos, as risadas de Marjorie e o comentário sobre ele o fizeram grunhir, não só de dor, mas de indignação.  

— E eu posso – bateu na tecla mais uma vez, reafirmando suas plenas capacidades, mesmo que soubesse que não parecia as ter. Estava um pouco raivoso, talvez pelo tanto de dor e piadinhas, o que logo passou quando sentiu o toque da semideusa nórdica, que o anestesiava silenciosamente. Ian entendeu a troca de olhares que tiveram e por impulso, ou uma confiança que viera do nada, confirmou o que ela queria saber — Podes confiar nela, a Srta. Fabbri irá guardar este segredo. Não vai, Violetta?






Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Qui Abr 27, 2023 3:50 pm
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
Love is being stupid together

Não podia negar que seu plano simplório havia dado certo, era realmente divertido ficar na companhia do professor, mesmo que ele sempre parecesse ser sério como se estivesse dando aula, mas pouco a pouco sabia que conseguiria quebrar aquilo se talvez continuasse tentando. Dessa forma olhava aos olhos dele e sorria com o canto dos lábios, estava claramente o provocando e apenas por estar preocupada

- Eu lhe ameaçando? Nunca! Mas não me obrigue a fazer algo que eu não queira, é só me acompanhar e tudo vai ficar bem!

Bom pelo menos era o que pensava até chegar a enfermaria, se não conseguisse achar algo que pudesse ajuda-lo, ai sim bolaria outro plano, talvez de ir atras de um curandeiro que realmente soubesse o que estava fazendo, pois Violetta não tinha essa especialidade, mas julgava que devesse ser fácil encontrar o que precisava, como em uma farmácia, esses compostos criados deveriam ter uma bula ou modo de uso.

Apenas ergueu a sobrancelha quando o ouvia negar, um corte daqueles, infeccionado e claramente envenenado, se perguntava que tipo de artefato faria aquilo, um claro mentiroso, mas guardaria para si seu posicionamento, afinal era engraçado ver que o homem sério que lhe dava aula e a chamava como se fosse brigar com ela o tempo todo também tinha um lado arteiro, lado esse que despertava ainda mais sua curiosidade. Assim sua cara desmontava quando ele falava sobre sentir dor e ela suspirava

- Calma, logo vamos dar um jeito de melhorar essa dor...

Claramente estava preocupada, talvez até mais do que devesse, e o motivo? Nem mesmo ela sabia, afinal talvez não se importasse tanto assim se visse alguém machucado, talvez apenas tiraria um sarro e levasse a pessoa a enfermaria, não gastaria seu tempo tentando avaliar a gravidade do problema e tentando descobrir o que havia acontecido, não era muito sua cara, a não ser que despertassem sua curiosidade e se manteve nessa hipótese a curiosidade.

Enquanto fechava a camisa do professor fingindo não aproveitar para o olhar seu corpo e matar mais uma de suas curiosidades ouvia uma voz, fazendo com que a loira revirasse os olhos e falasse baixo o suficiente para que só Ian a ouvisse parecendo claramente irritada com a presença alheia

- Eu e essa minha boca grande...

Com isso se virou em direção a garota, mas se mantendo perto do professor, quase como se estivesse disposta a brigar se ela falasse merda, porem a frase que vinha a seguir parecia deixar a loira confusa e a forma como ele a respondia levemente irritada, ainda mais ai ver ambos continuarem aquela conversa e a forma como ele se justificava para a garota que aparecia fazendo Violetta suspirar, dessa forma dava mais um passo para trás chegando a encostar seu bumbum na coxa do professor, quando na verdade tentava se encostar na mesa e começava a falar

- A culpa é toda minha, eu fui fazer merda e se ele não estivesse lá pra me ajudar eu nem estaria por aqui...

Ian claramente sabia que era mentira, mas a loira falava com a cara tão reta que parecia verdade, chegava até a suspirar de forma pesada, não queria que ele se ferrasse e se ela se ferrasse não faria a menor diferença, afinal era só uma aluna, assim continuou sua frase

- Eu estava tentando ajudá-lo porque ele é um cabeça dura que não quer atrapalhar a festa dos outros para cuidar do machucado... e eu não tenho poderes cósmicos e fenomenais de cura... então... tentei como deu né...

Assim podia ver a tal Haim se aproximar e tocar ao ombro do professor, o que fez Violetta se afastar dando espaço para a garota que não o pedia, mas sua cara estava claramente séria, para alguém que a conhecesse era claro que estava incomodada com aquela presença, ainda mais quando o ouvia falar, aquela era a primeira vez que ele a chamava só pelo primeiro nome, o que a fazia se arrepiar sem perceber, mas a forma como trocavam olhares e o que ele dizia a fazia tomar aquela conversa por um caminho talvez diferente do caminho que os dois pensavam seguir. Isso fez a loira ajeitar os cabelos e olhar para ambos

- Vocês não precisam se preocupar comigo, mas... acho que o casal precisa de um ambiente com mais privacidade

Com isso se virava de costas e começava a caminhar em direção a saída sua voz e seu jeito de falar se tornava um tanto acido naquela frase e na próxima que falaria, estava claramente irritada e desconfortável e não tinha ideia do porque, mas não ia ficar ali empatando a foda, na verdade achava melhor mesmo que eles fossem para um canto reservado, afinal se ela e o professor foram pegos não fazendo nada, eles serem pegos fazendo alguma coisa seria muito pior para Ian. Assim apenas virava o rosto e mesmo que seus olhos tivessem perdido o brilho e o encanto que estavam até a garota chegar, forçava um sorriso com o canto do lábio, claramente insinuando coisas

- Algo que essa sala claramente não fornece...

Com isso ajeitava o vestido segurando sua saia e dava de ombros apenas finalizando sua frase enquanto voltava a olhar e caminhar para a saída, afinal claramente era mais uma ali no meio e isso não tinha mais graça aos olhos da loira que antes atormentava o professor por diversão, por querer se aproximar mais daquele rapaz e tentava cuidar dele, mas naquele momento estava claramente frustrada por ter sido pega tão desprevenida, mas não deixaria barato para a outra que atrapalhava seu plano, afinal não iria desistir da ideia de se aproximar do mais velho, ela querendo ou não.

You don't just give up. You don't just let things happen. You make a stand! You say no! You have the guts to do what's right, even when everyone else just runs away.


Marjorie Carolina Haim
Marjorie Carolina Haim
Progenitor Divino :
Eir
Qui Abr 27, 2023 11:23 pm


things that only Carolina will ever know

“Aham, faz sim”

Marjorie segurava uma risada entre os dentes enquanto ouvia o Professor tentar se justificar, não acreditava que Ian ainda iria bater pé com aquilo que já era óbvio para as duas jovens ali. E pensando na outra, Marj a observava tentar dar uma desculpa e se colocar como a culpada da situação, tinha algo de curioso na ação da garota, mas não falaria sobre.

— Não se preocupe, já conheço a pérola – ela ficou encarando o Professor, o fuzilando com os olhos, mas no final deu uma piscada para a loira — Fez um ótimo trabalho, acho que estaria bem pior se não tivesse tentando ajudar ele, Keith precisa ser bajulado para ficar bem.

A filha de Eir riu, sabendo que suas palavras seriam levadas como uma bela provocação por ambos, mas não poderia evitar. Observou o corte mais uma vez, dando um breve suspiro, já estava tocando o ombro de Ian, então não precisaria fazer mais nada, além de aguardar que seus poderes o curassem. A formigação passou da ponta dos dedos até o pescoço da semideusa, que sentiu o corpo se retorcer por um breve segundo enquanto o veneno percorria a corrente sanguínea dela e se desfazia em nada. Era imune a qualquer veneno.

“Porque tão estúpido?!”

— Cobras. Ian, veneno de cobras, não um, mas três – o diagnosticou também o repreendendo, não sabia como o Professor conseguira tal façanha, mas estaria morto em breve se não fosse por Marjorie. Mais uma vez.

— Vocês não precisam se preocupar comigo, mas... acho que o casal precisa de um ambiente com mais privacidade – a semideusa de Eir virou-se rapidamente, observando Violetta por se a caminho da porta. Ciúme, era isso. Não precisara ler a outra para saber que seu problema era o mesmo de toda a população, estava com ciúmes de Marjorie. A curandeira por sua vez, caiu na risada, precisando por a mão sobre a boca para tentar conter-se, sem muito sucesso. Sentiu Ian dar-lhe uma cotovelada, mas logo o outro também caía na risada.

“Eu e Ian, que hilário, da onde essa menina tirou isso?”

— Vocês que se virem – jogou as mãos para cima, se afastando do professor e indo para a saída mais uma vez — Só vim parar aqui porque estava atordoada, esse garoto me beijou... Ou eu beijei ele, enfim, não era minha intenção. Sai correndo, mas vai ficar tudo bem.

Marjorie passou por Violetta na porta, repousando a mão sobre o ombro da loira, olhou-a nos olhos e deu um sorriso sincero antes de sussurrar para que só ela ouvisse.

— Ele faz esse jeito fechadão, durão e profissional, mas é um pudinzinho, já já ele cede – por fim, deu duas batidinhas no ombro da outra e seguiu seu caminho para o dormitório, precisava pensar no tanto de desgraças que haviam ocorrido em só uma noite.



Poderes:





Vestido & Máscara

Encerrado
baile de inverno 10, setembro 08:32 pm


Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Sex Abr 28, 2023 12:21 am



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36


A chegada de Marjorie havia feito com que Violetta ativasse o modo de defesa, tentando se por como a culpada da situação. Ian teria pulado na frente e pedido que parasse, se não soubesse que Marjorie nada faria, ainda assim, deixou com que a Srta. Fabbri os justificasse, estava se divertindo com toda a atenção. Porém não deixou de agradecer os cuidados que ela estava tendo com ele, mesmo que Ian quisesse que parasse.

— Mas fez o suficiente, eu certamente não dormiria em paz sem um curativo... Ei! Bajulado não. Apenas gosto que puxem minha atenção nesse mar de dor – preparou-se para mais uma vez enfatizar que era capaz e que Marjorie nada sabia sobre ele, apenas se achava como tal conhecedora, mas era o mais próximo de uma amiga que Ian tinha. Especialmente em momentos como aquele, Marj sempre estava presente e o ajudava com o que ele precisasse. Sentiu a dor ir aliviando quase que de uma única vez, pelo canto do olho pode observar o corte se fechando e limpando a bagunça que sobrara do sangue. Pode enfim respirar em paz, sem dores — Obrigado. Três venenos de cobras? Nossa, mas aquele artefato realmente estava amaldiçoado.

Ian era um ótimo mentiroso... Quando queria. E naquele momento definitivamente estava longe de querer que acreditassem que um artefato caíra sobre ele e o cortara daquela forma, somando ainda, três venenos de cobra. Precisava ficar longe de monstros e lâminas envenenadas. Violetta parecia um tanto desconfortável com toda a situação e talvez por isso tomou seu caminho rumo a saída, deixando os sapatos e uma frase provocativa para trás. Frase a qual, Marjorie desabara em risos, fazendo com que ele a repreendesse com uma cotovelada, mas nem ele pode resistir, rindo junto da filha de Eir.

Nunca pensara que alguém pudesse levar para si a ideia de que ele teria um caso com Marjorie, especialmente dentro de sua própria sala de aula. Ian sabia que o Instituto não proibia, mas se sentia um tanto desconcertado ao pensar que poderia ter algo com algum aluno ou aluna. Mas no final do dia, não era tão mais velho assim, apenas aparentava pelo cansaço e as cicatrizes de suas saídas noturnas.

As coisas começavam a funcionar melhor na cabeça do Professor, que finalmente estava entendendo o que era aquela atenção toda. Ou finalmente aceitando que estivera certo desde o começo. Violetta não tinha as intenções mais puras para com ele. As mínimas coisas iam se interligando, como as provocações, os toques, a perseguição e agora o desconforto dela, Ian estava lidando com algo sério ali. Tanto porque sabia que tão cedo ela não desistiria, como também entendia que poderia facilmente ser atraído pela loira. Era inteligente, se dedicava as aulas dele e fazia exatamente aquilo que Marjorie dissera que ele precisava: o bajulava. Ainda por cima, sabia provoca-lo e Ian tinha um fraco por provocações.

Pigarreou assim que terminou de rir, levantando-se da mesa e observando a loira com maior atenção, agora que não se distraia com a dor, podia dedicar-se aos detalhes. Contudo, a moral de Ian o empurrava na direção contrária. Não era certo pensar ou olhar para uma aluna.

— Srta. Fabbri, não diga absurdos – Ian preparava-se para justificar o ocorrido — a Srta. Haim é filha de Eir, deusa nórdica da cura. Embora ela mantenha esta informação em total sigilo... inclusive peço que faça o mesmo. Vez ou outra me machuco e ela me ajuda na recuperação – concluiu enquanto dava um passo a frente, escorando-se numa das classes — Favor não pensar o pior de mim, não acho que poderia ter qualquer coisa com um dos meus alunos.

Aquela talvez fosse a melhor mentira que já dissera em voz alta, pois mentia tanto para os outros, quanto para si. Ian sabia que seria perfeitamente capaz de se aproximar, desejar e até mesmo ter algo com um(a) aluno(a), mesmo que, momentaneamente, achasse isso imoral e algo que ele jamais seria capaz. Era algo que certamente viria a ocorrer, mas naquela noite, o fazia ficar desconcertado apenas em pensar sobre. Talvez porque no fundo soubesse que o faria e queria fazê-lo, ou porque sempre lhe fora ensinado a não ter casos com alunos.

— Se não era sua intenção, porque o beijou? – Ian perguntou dando uma breve risada — Inclusive, Brentano fala sobre o princípio da intencionalidade, ele era da Escolástica, mas foi o Husserl que defendeu que a consciência é sempre intencional... A sua certamente foi, Srta. Haim – ele deu uma piscadela para a semideusa, mas não parecia ter sido ouvido ou visto, já que a mesma sussurrava algo para Violetta — Não lhes dei permissão para fazer este complô contra mim, terei de retirar nota das duas.

Ian deixou que Marjorie tivesse seus segundos de fofoca, ele pegou os sapatos de Violetta e caminhou até a loira, que ainda estava na porta, assistindo a outra ir embora. O professor parou de frente para ela, abrindo um sorriso um tanto sem graça nos lábios e estendendo o par de sapatos na direção da mesma.

— Entendo que estejas de partida, Violetta, aqui estão seus sapatos – não os entregou, pelo contrário, segurou firmemente — Tenho que agradece-la pela ajuda e pela insistência, eu teria ido até a enfermaria amanhã se Marjorie não tivesse chegado, mas talvez fosse convencido a fazer isso esta noite, o que teria me salvado – Ian suspirou, tendo que admitir o óbvio, mas que se recusara a fazer a noite inteira — Esperava que pudéssemos dar um breve passeio, odiaria voltar ao meu dormitório sabendo que perdeu a noite do baile para ficar cuidando de um professor chato.

Ele realmente sentia que havia tirado dela uma bela noite dançando no baile, mas também compreendia que fora escolha da semideusa o seguir. Ian tinha um certo receio de quão largo era aquele passo e o quão estúpido estava sendo em se meter com uma aluna, mas estava apenas seguindo seus desejos. Mesmo que no final acabasse no paradoxo hedonista de comportar-se em busca do prazer, mas por se em situações autodestrutivas, que no final não o trariam o tal prazer.







Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Sex Abr 28, 2023 4:29 am
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Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
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Ouvia as palavras da garota e isso só a deixava a garota com aquela sensação de nervoso ainda maior tanto que não falava nada sobre, apenas movia o rosto e revirava os olhos, tomando seu caminho em seguida. Porém diminuía a velocidade de seu andar quando a ouvia falar do veneno das cobras, e o como ele insistia no tal artefato, um claro mentiroso, mas podia ser um mentiroso, afinal era bonito, porem isso a deixava realmente curiosa com o que ele aprontava durante as noites, afinal não se lembrava de ter visto cobras nas proximidades, ainda mais para serem 3 venenos fáceis de identificar, por mais que não conhecesse muito da tal garota, mas não iria se meter no casalzinho para descobrir, não naquele momento.

Não demorou para ouvir a menina rir e o professor em seguida, o que a deixava ainda mais irritada, afinal não era uma palhaça para distribuir graça aos outros, mas, sabia que aquele pensamento invadia sua mente por estar irritada, por isso não externava aquele pensamento e apenas continuava seu caminho de forma lenta, afinal estava curiosa com a conversa, o que era um saco. Tanto que quando ele falava sobre suas palavras serem um absurdo a garota suspirava, nunca havia visto alguém que ele parecesse se sentir confortável como a moça, mas a explicação que vinha a seguir a fazia entender o porquê, mesmo que ainda não se acalmasse.

-  Não entendo o porquê esconder de quem se é filho, mas não tenho por que falar da vida dela para alguém.

Assim dava de ombros, mas não respondia a próxima frase dele que a fazia se sentir um tanto frustrada por dentro, bom não que quisesse alguma coisa, talvez uma bela amizade, mas, não estava mais segura sobre conseguir quebrar aquela distancia que ele fazia entre seus alunos, o que a irritava mais, porem agora de outra forma. Dessa forma percebia o quanto havia demorado em seus passos, pois sentia a mão da garota tocar em seu ombro e ouvia o que ela sussurrava, fazendo a loira ficar parada a porta por um momento, ainda mais confusa, queria entender o porque daquelas palavras, mas não tinha tempo de pensar parada ali, afinal Ian ainda estava na sala e retrucava o que a moça dizia com sua amada filosofia, fazendo com que Violetta pressionasse os lábios um contra o outro, com certa força e não risse, mas não aguentava e deixava a risada sair de seus lábios ao ver ele falar sobre dar permissão. Pensou assim em jogar algo sobre o que algum filosofo pudesse ter falado sobre a curiosidade, mas nada vinha a sua cabeça naquele momento.

Assim quando finalmente despertava daquilo espirou fundo e deu mais um passo para sair e ir para seu quarto, queria entender o que havia acontecido ali e isso a atormentava naquele momento de uma forma que o professor conseguia se aproximar sem que ela percebesse, em sua frente a fazendo parar quando o via e olhar para a sala por um momento, para em seguida olhar para aquele sorriso, era tão fofo, que a garota perdia a cara de marrenta por um segundo e voltava sua atenção ao professor. Realmente havia se esquecido da existência dos sapatos de salto alto que estavam ao lado da mesa dele, e sorriu agora sem jeito ao ver ele os segurando, porém quando esticou a mão para tocá-los o ouvia falar, o que a fazia parar com a mão sobre eles e olhar para os olhos do professor, voltando a ter o brilho em seu olhar e o desviando lentamente, e levando a mão aos cabelos, ficando claramente sem jeito.

- Não precisa agradecer e nem se preocupar, eu meio que vim por conta própria, e bom eu me diverti mesmo você sendo um cabeça dura e não me ouvindo...  mas você está bem, isso que importa não é mesmo?...hum... Um passeio em uma bela noite com boa companhia pode ser agradável... eu... eu só não quero incomodar mais ou atrapalhar mais você nos seus afazeres...

Conforme ia falando ia deixando cada vez mais claro o quanto não esperava por um convite daqueles, na verdade não esperava nem que se despedissem, mas havia gostado, ainda mais que ele voltava a chamá-la por seu primeiro nome e por mais bobo que fosse se sentia feliz, o que a deixava confusa a ponto de quase voltar atras no que dizia e recusar aquele passeio por mais que seu desejo fosse ir com ele, mas se mantinha firme e forte ali, com a mão sobre seus sapatos e a outra em seus cabelos, talvez fosse a primeira vez que visse a garota completamente desarmada de uma resposta certeira ou de uma piadinha ou cutucão, mas a verdade é que por mais que soasse simples o convite para um passeio como uma forma de agradecimento, seu coração se acelerava, era muito mais simples de pensar o quão se sentiria mais calma do contrário, apesar que talvez se sentisse da mesma forma se ele aceitasse ao seu convite.
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Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Ter maio 02, 2023 8:48 pm



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36


Por muito tempo Ian também não entendera o porquê de Marjorie manter em segredo sua origem divina, até enfim conversarem sobre tal assunto. Marjorie sempre fora explorada por suas habilidades de cura, especialmente quando Eir a assumiu como filha, já que a nórdica não era só a deusa da cura, mas também da ressurreição. A filha da deusa comentara o quanto fora esperado dela que soubesse fazer o mesmo que a mãe e o quanto ela odiava ter poderes. Dera o seu melhor para aprender a lutar e se virar sem ter que usar seus poderes.

Ian sempre se sentia em dívida quando ela vinha o resgatar, mas a garota dissera que para algumas pessoas, não se importava em usar seus poderes, apenas não gostava que soubessem. Quando as pessoas viam o que ela era capaz esperavam que ela sempre fosse fazer aquilo.

Enfim, Ian divagava sobre aquilo, mas não explicaria a Violetta, afinal, não cabia a ele falar de algo que não era sobre si. Aos poucos a cara de brava da loira se desfazia, voltando a ser a expressar o olhar de felicidade a admiração que costumava dar quando o via, logo virando a face de quem estava sem jeito. Ian sentiu o músculo da bochecha se mover, em um pequeníssimo sorriso de canto, que ele logo conteve, voltando a expressar nada além do normal.

— Estou novinho em folha, como se nunca tivesse me machucado. Acho até que rejuvenesci uns dois dias – Ian afirmou enfim entregando as botas para a aluna — Não irá me incomodar, Srta. Fabbri, bem pelo contrário, vai poder me ajudar a identificar o motivo pelo qual todos os outros alunos dormem nas minhas aulas.

Ian não dava a mínima para os que dormiam em sua aula, mas precisaria de uma ótima desculpa para si, afinal, continuava afirmando para si que jamais teria qualquer coisa que não fosse profissional com alunos. Também não queria parecer tão estranho quanto podia soar em convidá-la para um passeio, mesmo que primeiramente tenha sido ela a convidá-lo.

— Acho que podemos passear pelos corredores, tenho certeza que Catherine pode passar um café no refeitório, a não ser que prefira sair ao ar livre.






Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Qua maio 03, 2023 8:20 pm
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
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Ainda mantinha as mãos sobre os sapatos enquanto o ouvia, estava sem jeito com aquele convite e cada segundo sem algo a ser falado a deixava ainda mais sem jeito, tentando compreender o que se passava em sua cabeça. Dessa forma a fala dele a tirava do mar de vergonha, mesmo que suas bochechas continuassem levemente coradas, a fazendo olhar novamente para o rosto do mais velho e rir o olhando.

-Um... dois dias é muito pouco para notar a diferença...

Falava brincando com ele tentando tirar a cabeça de seus sentimentos bagunçados, afinal não tinha por que ter ciúmes do professor, não só por ele ser bonito, simpático, divertido... bom por uma longa lista de elogios, mas ainda sim sentira mais cedo. Dessa forma pegava os sapatos e se equilibrava colocando o primeiro, para em seguida apoiar a mão no ombro do mais velho, sem nem pedir permissão para colocar o outro, por conta da dificuldade de se equilibrar no salto alto, mas fazia questão de apoiar no ombro que não estava machucado anteriormente, afinal ainda que a outra garota tivesse curado e ele dissesse que estava bem, não queria correr o risco de fazê-lo sentir dor.

- Essa resposta é fácil, mas prometo elaborá-la para poder gastar um pouquinho mais da sua presença comigo

Assim suspirava pesado ao voltar a ouvi-lo chamá-la por seu sobrenome, aquilo a incomodava, parecia distanciar qualquer forma de aproximação que a loira tentasse, mesmo que fosse para ser amiga do rapaz, assim se afastava lentamente, e movia o rosto de forma negativa ainda que sorrindo

- Acho que eu vou ter que chamar a menina novamente... beber café sem nem comer nada? Você vai acabar com seu estomago... a não ser que pretenda passar horas acordado... eu preferia comer algo, será que tem alguma coisa no refeitório? Que saudade de um fast-food 24h...

Falava suspirando e perdendo o sorrisinho, não havia ido para o baile, portanto não havia comido nada até o momento, estava com fome, mas poderia ignorá-la para fazer companhia para o moreno, depois daria um jeito, talvez tivesse ainda alguns doces escondidos em suas coisas no quarto, algo que deveria bastar até o café da manhã, mas se tivessem aonde ir, talvez tivesse a cara de pau suficiente para convidá-lo para jantar.

-Mas... quanto a ficar aqui dentro ou lá fora, tanto faz, apesar que lá fora deve estar lotado de gente que saiu do baile e está tentando escapar de ir para o dormitório, ou que deva estar a caminho do mesmo... Onde preferir podemos ir, eu tenho a noite toda livre!

Falava em tom de brincadeira o que era uma verdade, sem contar que adoraria passar a noite com o professor, nem que fosse debatendo sobre o que mais fingia entender do que entendia, sobre filosofia, tanto que chegava a pensar que se não tivesse colegas de quarto ou a possibilidade de encherem o saco o chamaria para passar a noite la, afinal o colchão era confortável para se sentar e bater papo.
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Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Qua maio 03, 2023 11:09 pm



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Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36


Não se importou de ser usado como apoio para que a outra colocasse os sapatos, especialmente por ela simplesmente não parecer dar a mínima para seu espaço pessoal, o que já era de costume. Não demoraria muito para que Ian nem notasse as linhas que ela cruzava sobre o profissionalismo que deveriam ter entre eles, era o jeito de Violetta, totalmente contrária ao irmão e o tio. Talvez em algum momento, o próprio Ian ignoraria tais limites.

— Fácil? – fingiu estar incrédulo, como se realmente estivesse surpreendido com o que ela daria como resposta sobre os outros não prestarem atenção em suas aulas. E mesmo que já conseguisse entender certas coisas sobre Violetta, Ian não pode deixar de achar curioso que ela queria ocupar seu tempo — Acho que irei gastar mais do que um pouquinho, Srta. Fabbri.

Ian deu uma risada, ouvindo-a comentar sobre chamar Marjorie novamente apenas pela sugestão de tomarem um café de estômago vazio. De fato, Ian não comia desde o café da tarde, quando engolira uma fruta rapidamente, mas ainda não começara a sentir os efeitos da fome. Só que não poderia deixar Violetta sofrendo, tinha de pensar em algo.

— Acho que a essa hora Catherine não vai querer passar mais do que uma xícara de café – Ian colocou as mãos no bolso e deu de ombros, tentando pensar no que fazer ou responder.

O professor odiaria ter de incomodar Catherine aquela hora da noite e certamente não achava a ideia de entrar no baile com uma aluna agradável. E nem sairia do Instituto para ir atrás de comida, aquela hora da noite só encontrariam lugares abertos bem longe da ilha... Ou teriam de jantar no apartamento de Ian. É, a última embora mais confortável, era uma péssima decisão, extremamente pessoal e que exigiria que Ian arrumasse a casa. E aquela era a última coisa que pretendia fazer naquele dia.

— Se não se importar, Srta Fabbri, já que deu a sugestão, podemos ir há algum lugar onde haja um fast food aberto – Ian sorriu de canto e retirou a chave dos professores do bolso, poderiam ir até sua casa em Londres e de lá procurar um fast food aberto.







Violetta Fabbri
Violetta Fabbri
Progenitor Divino :
Eos
Qui maio 04, 2023 2:16 am
Oh, Aren't You A Beautiful Boy...
Com:Ian Keith Tennant
Onde:Corredor da sala nove
Hora:Noite
Love is being stupid together

Violetta ria uma risada gostosa que chegava a ecoar pelos corredores vazios ao vê-lo incrédulo com seu comentário, não acreditava que alguém com tamanha sabedoria estivesse surpreso por essa resposta ser simples, afinal não era normal alunas tentarem estudar e se empenharem em uma matéria para chamar a atenção do professor, isso era coisa da loira, que parecia se divertir com aquele momento

- Pode gastar o quanto quiser, mas só se voltar a me chamar de Violetta, se não terei que cronometrar seu tempo Sr. Tennant!

Fazia careta enquanto falava, como se fingisse muito mal que estava brava, mas já havia exposto seu ponto, não iria fazê-lo novamente, bom não até achar necessário. Assim voltou a se arrumar e ergueu a sobrancelha ao ver o mais velho rir, a risada dele era gostosa, mas ainda sim não entendia a graça, afinal tomar café sem comer provavelmente o faria mal. Porem ao ouvir ele falar a loira mordia o canto do lábio parecendo pensativa, novamente caia na ideia de chama-lo para comer algo em seu quarto e pensava o que teria a oferecer que não fosse porcarias, afinal não adiantava de nada falar do café e oferecer salgadinhos e chocolates, mas não achava que tinha algo muito diferente disso escondido em seu estoque pessoal. Assim respirou fundo, chegando a separar os lábios com a ideia de irem ao baile, mas logo parecia desistir de dar a ideia fazendo uma careta, afinal se ele tentava afasta-la com sua forma de falar mesmo sozinhos, em meio a muita gente ele a afastaria ainda mais, seria um péssimo plano, o que a fazia julgar que não iria jantar naquela noite e estava bem com isso, afinal seu foco era sua companhia, essa que não demorava a dizer tudo o que a loira queria ouvir, iriam passear juntos e comer algo, aquela noite não podia ficar mais perfeita.

- Hum... é uma ótima ideia, mas não conheço os arredores bem o suficiente para saber onde se pode ter um fast food aberto, então me guie que eu vou com você para onde você mandar!

Falava levando a mão ao braço dele e o tirando de seu bolso para assim dar a mão ao professor, para que ele a guiasse para onde deveriam ir, talvez para o local daquela chave, não sabia ao certo, mas parecia animada só na ideia de ir para algum lugar junto do moreno, mesmo que não fosse muito fã de sair do acampamento, afinal não tinha dúvidas que estaria segura ao lado dele, algo que não sentia nem com seu irmão ou seu tio, mas não parava muito para pensar, apenas começava a caminhar sem saber para onde ir, mas sem soltar a mão do professor.


You don't just give up. You don't just let things happen. You make a stand! You say no! You have the guts to do what's right, even when everyone else just runs away.


Ian Keith Tennant
Ian Keith Tennant
Progenitor Divino :
Minerva
Qui maio 04, 2023 12:17 pm



stop the world 'cause i wanna get off with you
Violetta Fabbri 10/09/3149, 22h36


Novamente com a história de ser chamada pelo primeiro nome, Violetta fez Ian a encarar um tanto sem graça, mas não sabia como se desvincular de chama-la daquela forma.

— O tempo, Srta. Fabbri – Ian enfatizou, dando uma risada boba, pois obviamente estava provocando-a — é relativo. Para Bergson ele é continuidade, mudança, memória e criação. Para Platão, é a imagem móvel da eternidade, movida segundo o número, já para Kant, é uma noção a priori, que nos permite compreender a experiência dos sentidos, somado é claro, ao espaço. E para Aristóteles ele é infinito, e hoje, terei de concordar com ele. Mas você já deveria saber disso, foi a última aula do semestre passado.

Não que Ian realmente visse o tempo como algo infinito, talvez estivesse um pouco mais perto de Bergson e Kant, ou na verdade, de um ponto de vista não linear e não subjetivo, fosse mais como uma grande bola de wibbly wobbly, timey wimey stuff. Uma grande confusão de coisas acontecendo ao mesmo tempo. Enfim, guardou os pensamentos para si, enquanto sentia a mão de Violetta procurar a sua, o que o deixou um tanto desconcertado e talvez por isso, não ficou mais que alguns segundos naquela posição, a largou rapidamente.

Era curioso como ela ultrapassava todos aqueles limites e ainda concordava em ir a qualquer lugar com ele. Tinha um quê excitante sobre aquilo, mas também preocupante, já que mal se conheciam fora das aulas e, na posição dela, como mulher, aluna e na presença de um homem, não deveria sair confiando em qualquer um. Especialmente se soubesse o que Ian fazia todos as noites. Deu um passo à frente tentando não pensar em todas aquelas coisas que passavam por sua cabeça, uma verdadeira confusão do que queria, não queria, ou queria e achava que não deveria.

Ian colocou a chave na maçaneta rapidamente, a girando e abrindo novamente a porta, se sentira deveras estranho em fechar só para abrir, mas fazia parte do ritual. Do outro lado do arco não tinha mais um corredor, mas sim uma sala com cozinha, intacta. O professor raramente frequentava sua residência em Londres, mas pagava uma faxineira que visita o apartamento uma vez no mês. Ian era grato pela vez daquele mês ter sido na semana anterior.

Institivamente pegou a mão de Violetta, a puxando em direção ao arco, mas achava que precisava corrigir o que fizera antes, não queria que as coisas ficassem estranhas. Os dois atravessaram a porta e Ian guardou a chave no bolso, fechando a passagem para o instituto. Virou-se encarando o apartamento, passou por Violetta meio desajeitado, não lembrava a última vez que levara alguém ali. Se é que tinha levado.

— Srta. Fabbri... Quanto tempo ainda me resta no seu cronômetro? – Ian deu uma piscada e sorriu de canto — Não se preocupe, não vamos ficar aqui, tem um McDonald’s há algumas quadras daqui. Estamos em Londres.









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